sábado, 31 de maio de 2008

O Encontro de 2 Mundos

Mais um livro que entra para o Pequeno Guia de Livros do Promo Planners (e que você acessa aí na barra lateral): "Internet: O Encontro de Dois Mundos - Crônicas Provocantes Sobre a Nova Internet".

São 56 crônicas, de 44 autores, todos profissionais brasileiros ligados diretamente a dois mundos: Comunicação e Tecnologia.

Dois colaboradores do Promo Planners estão entre os autores:
o Fabiano Coura assina "As Marcas Mais Valiosas do Mundo te Surpreendem?" e o Neto, "A Informação Quer Ser Sua, Mas Você Precisa Pegar".

Quarta-feira agora, dia 04, a partir das 19h, tem lançamento na Fnac Paulista com a presença dos autores e palestra do Gil Giardelli, autor da crônica "Web o Quê? Quando a Cybercultura Se Transformou em Cyberespiritual".

Você pode comprar aqui e conhecer todos os autores aqui, no site do livro.

Veja como foi a palestra de ontem:

A palestra do Marinho, ontem, foi realmente imperdível. Vou tentar colocar aqui os pontos mais bacanas para que você, que não pôde estar lá com a gente, saiba como foi.

Em primeiro lugar, muito obrigada aos nossos 5 leitores, que levaram seu interesse, bom papo e simpatia - além de coisinhas gostosas para a mesa: valeu, Dea ;)

Aliás, estou disposta a pagar uma altíssima soma em dinheiro para que essas 5 pessoas se submetam a um hipnotizador e apaguem de suas mentes o momento “Robi pagando um mico que vale por 6 mil promo pérolas”. Explico: o Marinho, que é uma simpatia (já era fã, agora virei fã número 1), me chamou para fazer a abertura da palestra. Mas me chamou na hora. Tipo “vem aqui”. A pessoa desprovida de noção aqui… foi. E não sabia o que falar, portanto vocês imaginem o tamanho de mico que paguei. Foi o mico irmão gêmeo do king kong.

Ok, passado esse início pífio, começou o show: o Marinho falou sobre como nós, brasileiros, não conhecemos o nosso próprio país. Por exemplo: você sabia que o topo da pirâmide social é formada pelos 14% dos brasileiros que têm renda familiar média mensal de R$ 3.400 ou mais?

Veja bem, renda familiar é a soma de todas as fontes de renda de uma família. Pois é. Você, quando pega um job de produto voltado às classes A e B não imagina o povo que freqüenta o Shopping Iguatemi e o Pão de Açúcar? E você sabe quem é BC? Então veja esse vídeo que ele nos mostrou e segure o queixo.


Alguns dados que nos ajudam a formar o quadro “com quem estamos falando” quando pegamos um job voltado à classe C:








Em suma: há alguns anos, a Classe C tinha como aspiração a compra de supérfluos. Ou seja, quando sobrava um dinheirinho, era feita a sonhada compra de iogurtes, chocolates de melhores marcas, algum cosmético, produtos de limpeza de melhor qualidade etc. Hoje, há o acesso a tudo isso e, portanto, as aspirações são outras: não só ter um fogão, mas ter um fogão com acendimento automático. Não ter uma geladeira, mas ter uma geladeira dúplex e/ou com dispenser para água na porta.

Quem pensa que baratear os produtos é acertar os desejos da Classe C está fadado à falência, creio eu.

Leia também o post de ontem do Marinho no blog dele e no Blue Bus, que foram citados na palestra e ajudam a compor todo esse quadro.

Até a próxima quando, prometo, pensarei 30 segundos antes sobre alguma coisa para falar na abertura, hahahaha Low point, Robi. Low point...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Dia de Palestra

O que acontece quando a economia estabiliza e o crédito é facilitado?

O consumidor de baixa renda muda seus hábitos.

Nossos clientes mudam seus objetivos.

E nós precisamos mudar nossa forma de pensar os jobs.

Por isso, nesta sexta-feira dia 30, o especialista em tendências de varejo Luiz Alberto Marinho vai falar para os promo planners – e convidados – na palestra “o brasileiro na boca do caixa: um panorama do consumo no país, com destaque para o fortalecimento da classe média e baixa renda”.

Depois da palestra, você poderá ler os melhores momentos aqui, é claro.
;)

Os 10 Mandamentos do Engajamento

(por Fabiano Coura, Diretor de Planejamento da NeoGama/BBH)

A preocupação com o próximo, com o meio ambiente e com o futuro tem estado cada vez mais em evidência. Fatos concretos aterrorizam a população e trazem para perto uma realidade que jamais esteve tão próxima: tsunamis que demonstram a fúria do planeta em sua própria defesa, conflitos que reforçam a injustiça e a desigualdade das nações, terrorismo que se espalha de forma incontrolável e aviões que caem para tornar pública a impunidade e a desorganização em que nossa sociedade está mergulhada.

A massa gradualmente se sensibiliza e se conscientiza na medida que assiste passivamente a proliferação do medo e da ansiedade, enquanto algumas pessoas buscam uma melhor compreensão sobre seu papel e buscam motivação e força para tentar ajudar, para tentar fazer desse mundo um lugar melhor para as futuras gerações.

No meio de todos esses acontecimentos estão as empresas e suas marcas, com a responsabilidade social e ambiental de tornar a vida de seus consumidores melhor. Será que é porque querem e acreditam em um mundo melhor? Muitas das empresas sim, mas nem todas. Tenho apenas a convicção de que a grande maioria delas o fazem mesmo porque sabem e entendem que seus consumidores percebem e punem – ou valorizam – cada vez mais a sua postura com relação a esse tema, o que no final das contas sempre implica na entrega efetiva de um lucro maior ou menor para seus acionistas.

Nesse cenário, recrutar e envolver seus consumidores com causas nobres passa a ser uma oportunidade maior para as empresas, mas que deve ser dominada com muita responsabilidade. Em outras palavras, se quer fazer, faça bem feito. Não dá para errar. Se deseja prometer, que o faça com a segurança de que irá cumprir. Nossos consumidores estão atentos, estão muito bem informados e seu julgamento será sempre imparcial. Eles exigirão a comprovação contínua do engajamento de sua empresa com esse tema, através de atitudes práticas e verdadeiras. Não tem meia-volta. Eles premiarão com sua fidelidade e cumplicidade todas as marcas que souberem ir muito além do discurso e da participação passiva em projetos já existentes, portanto pense em como se antecipar aos seus desejos e preocupações. Pense em uma causa que sua empresa seja digna de abraçar e comece hoje mesmo a SER a mudança que você deseja VER no mundo (Gandhi).

Conheça agora algumas idéias alinhadas a esse pensamento:

Banco do Planeta

O Bradesco é o banco privado que mais investe em ações de responsabilidade socioambiental no país, e o vem fazendo há mais de 50 anos. Esse fato, porém, não é percebido de maneira tão evidente pelo público em função de dois fatores: (1) o Bradesco, por julgar que antes de falar é preciso fazer, sempre foi muito reservado em respeito à divulgação de suas iniciativas na área de RSA. Um exemplo disso é o fato de que a campanha publicitária assinada pelo Bradesco para divulgar sua atuação social se deu apenas em 2006, em função da celebração do cinqüentenário da Fundação Bradesco; e (2) porque todas as diversas iniciativas empreendidas pelo banco na área eram até então feitas de maneira pulverizada por diferentes áreas da organização, o que não gerava a devida percepção sobre a profundidade do envolvimento do Bradesco com o tema.

Diante dessa constatação, a Neogama idealizou o Banco do Planeta: um novo posicionamento dentro do Bradesco que tratará o planeta como seu cliente prioritário, o relacionamento dos clientes com o meio ambiente, e no qual as ações são as que ajudem no combate ao aquecimento global. A criação do Banco do Planeta vem justamente dar foco e ampliar a vocação do Bradesco em empreender iniciativas que levem em conta de maneira ampla e efetiva os princípios da sustentabilidade ambiental. Como ele funciona? O Banco do Planeta é um banco dentro do próprio Bradesco, com produtos, serviços e projetos totalmente relacionados às questões de RSA, e com profissionais totalmente focados para este fim.





Nedbank: O Melhor Outdoor do Ano

Já imaginou se um banco realmente desse "power" (no duplo sentido) para as pessoas? E se um outdoor pudesse ser mais do que um outdoor? Foram esses insights que dirigiram o trabalho da BBDO para o Nedbank, da África do Sul. Painéis solares forneciam energia elétrica para uma escola, próxima à instalação em uma área muito pobre da cidade. Comunicação + Buzz + Responsabilidade social. Fazer ao invés de só falar. Perfeito!



Novas Mídias: o "passe adiante" da Green Tomato Car

Muito legal essa ação de uma empresa de táxi inglesa, que aumentou em 11% o número de ligações à central, com um investimento absolutamente ridículo! Com o conceito "verde" (a frota toda é constituída de Toyotas Prius) eles acharam que a comunicação também teria que ser "verde". Desenvolveram um folheto com o seguinte conceito: Veja, risque o número da sua casa no folheto e passe para seu vizinho! Assim economizamos papel. A natureza agradece!


Participe da nossa pesquisa: é só mandar um e-mail com "pesquisa" no subject e concorra a 2 livros bacanas.

Festa: produto de exportação

Hermano Vianna é, além de irmão do vocalista do Paralamas do Sucesso, é antropólogo, escritor, especialista em cultura brasileira e, se não me engano, presta consultoria na área para a Globo. Confesso que não sei dar nome aos bois, mas sei que muitas coisas bacanas que vimos por aí tiveram o dedo desse cara.

Não o conheço pessoalmente, não sou amigo e acho Paralamos do Sucesso meio chato, mas resolvi escrever sobre Hermano Vianna por causa de uma entrevista que ele deu para a revista Trip, ainda no ano passado, contendo um insight que nunca saiu da minha cabeça.

Partindo do pressuposto que cada país, região, cidade, empresa, agência, ou seja lá o que for, deve focar seus esforços em produzir somente, ou principalmente, o que realmente sabe fazer (essa é uma tese clássica de economia que daria um blog só para discutí-la), para trocar pelos produtos e serviços que outros sabem fazer melhor, o que o Brasil deveria exportar?

Além de ser uma potência em agronegócios e mais um ou outro setor, Vianna diz que há algo que sabemos fazer como ninguém, mas não é tão bem explorado quanto poderia: FESTA!

Na minha recente viagem para Montevideo e Buenos Aires pude conferir que, no mínimo, temos fama de bons organizadores de festa. Não sei se somos um povo mais animado, se a nossa cerveja é mais gelada ou se nossas mulheres são mais bonitas, mas algo deve explicar o sucesso das festas brasileiras.

Não é por acaso que temos o carnaval mais animado e disputado do mundo, e que a Parada Gay de São Paulo bate recorde de público todo ano, é? Qualquer coisa, para o bem e para o mal, na mão de brasileiros vira festa. O problema é que não usamos isso para ganhar o mundo.

Darei um exemplo: a Oktoberfest é uma festa que nasceu lá em Munique, na Alemanha, e, por algum motivo, tem versões em praticamente qualquer cidade com colonização germânica acentuada mundo a fora. Uma das maiores Oktoberfests fora da Alemanha fica, óbvio, no Brasil, em Blumenau.

Isso prova duas coisas. Nós realmente sabemos fazer festa, mas quem sabe utilizar esse meio para exportar cultura, produtos e atrair turistas são os outros! Nós, que trabalhamos com marketing promocional, o que inclui eventos, temos uma certa obrigação de ajudar a mudar o placar desse jogo.

PS: escrevi um post complementar sobre esse assunto no meu blog pessoal, aqui.

O que vi no Young Planners

Ontem fui assistir a palestra "Young Planners e seus cases" , realizada pelo Grupo de Planejamento, e gostaria de compartilhar com vocês um pouquinho do que vi por lá.

Para quem não sabe do que se trata, essa é uma categoria competitiva do Festival de Cannes, que premia os melhores trabalhos de planejadores com menos de 28 anos. Não vale case fantasma! Os finalistas da etapa nacional apresentaram ontem o trabalho com o qual concorreram, sendo que 2 deles (os vencedores Gian Martinez e Joyce Moraes), vão representar o Brasil no Festival de Cannes - na faixa!

- Liane Santi (W/Brasil) com o case Serenata de Amor

Não apresentou porque a campanha não havia sido veiculado ontem como estava previsto. Uma pena.

- Caio Del Manto (JWT) com o case Fruttare

Começou contando um pouco de sua história. Trabalhava há 3 anos e meio como planner de Unilever e já estava cansado das metodologias da empresa, que acabava influenciando de forma negativa o trabalho criativo. Isso fez ele se transformar em uma pessoa raivosa, e foi justamente a canalização dessa raiva que o inspirou a desenvolver um trabalho totalmente novo e livre de amarras.

Objetivo: Reposicionar a linha de picolés Fruttare, que passou a ser produzido com pedaços de frutas e a levantar a bandeira "100% natural".

Insight: Ninguém consegue ser 100% natural como Fruttare.

Idéia Criativa: Desafio Fruttare - um super-size me ao contrário, que consistiu em um reality show online com o comediante Rafinha Bastos tentando ser 100% natural (tanto na alimentação quanto na atitude) como Fruttare.

Clique aqui para acessar o canal do Desafio Frutarre no YouTube



- Gabriela Bottura (F/Nazca S&S) com o case Electrolux

Ela abriu sua apresentação sendo bem sincera e contando que participou do case como assistente de planejamento - e única mulher da equipe - o que fez com que ela contribuísse de forma significativa para o resultado criativo. Mas isso só serviu para reforçar o que todo mundo já sabe: um planner só não faz verão (e muito menos um case). Ela estava um pouco nervosa por ser sua primeira vez no Young Planners, mas a qualidade da apresentação segurou a barra.

Objetivo: divulgar a nova linha de eletrodomésticos inteligentes da Electrolux para as mulheres modernas. A marca não falava com as mulheres como mulheres, mas sim como consumidoras.

Insight: A cozinha é a nova sala de estar. A partir desta constatação, que ilustra o resgate de antigos valores femininos pela mulher moderna, eles chegaram à conclusão de que o rosa estava na moda de novo. Apesar dos gritos de independência, as mulheres estavam voltando a ser românticas e femininas.

Idéia Criativa: Ele não pode ser perfeito. Mas a Electrolux pode.



Para ver os outros filmes (todos muito bons), clique aqui e aqui.

- Joyce Moraes (AlmapBBDO) com o case Gloss

Com uma apresentação bem bonita e visual, ela começou contando sua história de persistência. Esta foi sua quarta - e última (ela tem 28 anos) - participação no Young Lions, e só agora, após um shortlist no ano passado, ela emplacou seu case e se sagrou vencedora.

Objetivo: lançar a revista Gloss, da Editora Abril, que buscava aproveitar uma oportunidade de mercado evidente - não existia nenhuma revista para as meninas que já não liam mais Capricho e ainda não se sentiam atraídas pela Nova. A editora estavam deixando suas leitoras "órfãs" durante esse período.

Insight: A agência organizou alguns grupos com consumidoras e a partir daí eles foram testando e eliminando alguns caminhos.
1. O formato bolsa: era o preferido da editora, mas confirmaram - já que a agência não acreditava nesse caminho - que o fato de caber na bolsa não tinha relevância.
2. O ritmo da revista e da vida: a linguagem e o formato da revista respeitavam a linguagem dessa mulher, porém isso era básico - se não fosse assim elas nem comprariam a revista.
3. Ser um guia não podia dar certo: elas não queriam um guia - estavam descobrindo a independência e isso soava como uma mãe dando conselhos.
4. Gloss entende a idade: bingo! Essa era a revista que entendia o meio-termo entre meninas e mulheres. A revista de quem não tem nem 20 nem 30.

Idéia Criativa: A revista para os melhores anos de sua vida.



A idéia era tão consistente que deu pano pra manga para outras soluções criativas. Essa é demais:



- Gian Martinez (Coca-Cola) com o case Laranja Caseira

Um menino de 23 anos que apresentou um case muito bacana. E começou falando sobre as janelas de oportunidades que temos à nossa frente como planejadores. Convidou o público a pensar sobre a vida, exercendo um pensamento livre para gerar idéias realmente mobilizadoras e relevantes para as pessoas. Algo que ele mostrou materializado em seu case.

Objetivo: Em um bate-papo com o cliente (na época ele trabalhava na NBS), eles contaram que estavam em fase de desenvolvimento de um novo produto - um suco de laranja com gominhos. Ele então pediu para participar desse processo desde o começo.

Insight: O mercado de sucos prontos para beber representava apenas 2% do mercado de sucos. Os outros 98% pertenciam aos sucos que de alguma forma precisavam ser preparados. E os gominhos representavam justamente a experiência de tomar suco feito em casa. Essa experiência precisava estar explícita em todos os pontos de contato com o target, mesmo porque uma análise da concorrência mostrava que todos trabalhavam com argumentos de venda funcionais. O produto permitia que eles trabalhassem com argumentos emocionais.

Idéia Criativa: Explorar o valor "caseiro". Daí surgiu o nome Laranja Caseira, a embalagem com identidade visual vintage e toda a comunicação.



- Bate-papo final com os jurados da etapa nacional

O que está sendo julgado não é o case, mas sim o talento dos planners e sua contribuição para o resultado final. Por isso é importante contar uma história em primeira pessoa na hora de escrever seu case, mostrando seu ponto de vista sobre o processo. Não precisa ter um puta case para se inscrever e nem mesmo para ganhar. E se você acha que seu case não tem chance, inscreva mesmo assim. O que vale é o treino. Quem sabe depois de algumas tentativas você não consegue chegar lá?

É isso. Espero ter conseguido passar para vocês um pouco do que aconteceu por lá neste breve relato. E fiquem de olho no Young Planners do ano que vem. Seria bem legal termos um Promo Planner figurando entre os finalistas.

Promo Pérola

3 pérolas de Atendimento:

Na Criação, ouvindo a segunda opção pensada para o job:

- "tá, essa idéia eu vou deixar guardada na manga do colete".


No Estúdio, adiantando o job:

Atendimento: - "Mas por quê você não pode já ir adiantando?"
Arte-Finalista: - "Porque não tem a medida! Qual é a medida desse folheto?"
Atendimento, levantando os dois indicadores a uma certa distância um do outro: - "Assim, ó!"


No Cliente, defendendo o brinde unissex:

- "... e o mais legal é que esse brinde é bissexual!"


As Promo Pérolas são diálogos e acontecimentos flagrados nas agências, que fazem com que o dia valha a pena... e o salário, não.
Nomes e algumas referências serão alteradas para proteger os inocentes e os empregos.
Para colaborar, mande a sua promo pérola (mas tem que ser verdadeira, senão não tem graça).

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Desafio Hipotético 12

Normalmente a gente recebe o briefing e faz a promoção a partir dele. Hoje, vamos inverter aqui o negócio.

A ação é: compre 4 caixas de picolé Kibon da Hello Kitty e troque por um baldinho de praia (fofo de tudo!). Tentei tirar uma foto decente, mas só consegui tirar uma foto tosquêra, pra variar:


(de ciminha e de frentinha)

Posto de troca: de repente, sem pré-divulgação para o consumidor final, a promotora chega na padaria e monta um balcãozinho decorado.

Outro dia, a promotora chegou no PDV com 7 caixas de picolé e 1 baldinho. Ou seja: 3 a mais e prevendo uma só troca.

Mesmo depois de trocar o único baldinho, ela permaneceu na padoca por mais um tempão, explicando a quem quisesse trocar picolés por baldinhos que não tinha o baldinho... e nem picolés o suficiente.

Que diabos aconteceu?

Qual foi o briefing dessa ação?

Ok, considerando que o briefing foi ignorado e/porque, no decorrer do desenvolvimento da ação, tudo foi dando errado e sendo remendado, até chegar nesse formato lusitano (que muito me perdoem os portugueses pela comparação), como se arruma uma mecânica dessas no meio do processo?

Você mexeria nas quantidades? Tipo menos produto por baldinho? Mas aí deve ser provavelmente um problema de custo: é preciso 4 caixas para inteirar um baldinho. Então, você trocaria a mecânica por um self-paid? Assim podem ser comprados menos produto e, por uma graninha a mais, o consumidor compra o brinde. Divulgação para o consumidor ir dia tal, hora tal, com seus comprovantes de compra? Como você controla que o picolé foi comprado naquele PDV? Porque aí o dono da padoca não vai gostar, certo?

Eu pensei aqui que talvez uma boa solução fosse fazer a ação, ao invés de ser ao consumidor final, ser para o PDV. Explico: tira a promotora e o balcão e, a cada X produtos comprados (pela padoca), ou a cada % de incremento no pedido do mês anterior, o PDV ganha X baldinhos + material de divulgação para a ação. E a própria padoca implementa a promoção.

Mudança de briefing sem mudar os objetivos, suponho.

O que você faria?

Se alguém souber mais informações dessa promoção, por favor... comments.

Planejando para o bem

Já faz um tempo que muita gente comentou, comemorou e elogiou (aqui e aqui) a criação do Planning for Good , um grupo de planejadores que se juntaram para usar suas habilidades planejamentísticas para o bem, ou seja, para criarem estratégias criativas para causas de interesse público.

Para participar basta entrar na comunidade Planning for Good no Facebook. Me cadastrei lá há algum tempo mas confesso que não tive tempo de bisbilhotar as discussões com maior atenção... De qualquer forma, fiquei pensando outro dia que os planejadores brasileiros (de marketing promocional ou não) podem contribuir em muitas coisas para as soluções de problemas locais.

Portanto farei um proposta para a Robi, que volta e meia escreve a coluna Desafio Hipotético. Robi, que tal se os próximos desafios forem ligados à problemas referente ao bem comum? Assim testamos nossa capacidade de resolvê-los e, se aparecerem boas idéias, vai que surge a partir daqui uma versão brasileira do Planning for Good?

terça-feira, 27 de maio de 2008

Mais um colaborador no Promo Planners!

Para alegria de todos, nossa lista de colaboradores está aumentando.

Agora, chega pra se juntar a nós, ao Fabiano Coura, ao Kito Mansano, ao Raul Portugal e (em breve) ao Neto, o Albano Santos, Diretor de Planejamento da BrandWorks.

Yeessss!
:)

Apresentação Show

Bom, encerrada a coluna De Post a Post, que fez mais sucesso do que eu esperava (ora, viva!), agora vamos para o fantasma dos fantasmas, o horror dos horrores: como fazer uma PUUUUTA apresentação.

Nesse primeiro post, vou contar como aprendi a fazer uma apresentação eficiente (ah, a falta de modéstia):

Capítulo 1: trabalhei com muitos redatores bons, alguns ótimos e 3 geniais (Marcelo, Marinho e Dudi, todos Planners, aliás). Com eles, aprendi como desenvolver um raciocínio de modo a que as pessoas entendam de onde saí (diagnóstico), por onde passei (estratégia) e onde cheguei (a solução).

Lição 1: todo projeto tem que ter começo, meio e fim.

Capítulo 2: em 2003, fui para o Banco de Eventos. Se você nunca apresentou uma campanha para o Victor Oliva, vou contar como é: ele se senta diante de você, à mesa de reunião, controle remoto da TV, interruptor de chamar a secretária, telefone, tudo ali em volta. De repente, ele grita: “Bom, filha, me conta rápido sua idéia”. E você conta.

Se em um minuto ele não se interessar pela conversa, ele começa a mexer nas coisas, chama a secretária, atende o telefone, liga (ou desliga) a TV etc. Se em 2 minutos, mais ou menos, ele não se convencer de que você tem uma boa idéia, ele te interrompe com uma bordoada verbal e aí ou você resume em uma frase ou vai embora refazer.

Lição 2: trate o Cliente na reunião como tratamos os consumidores diante das gôndolas: chame a atenção dele em 10 segundos. E seja rápido, porque ele vai para a gôndola do lado em questão de minutos. E não é só o Victor, não.

Capítulo 3: no BE eu também aprendi como se faz uma boa apresentação – e não estou falando do projeto em si, do amigo Power Point, mas de tudo, tudo, t-u-d-o, desde que o Cliente entra na sala de reunião, até a hora em que ele passa pela porta de saída.

Lição 3: utilize outros recursos. Fez pesquisa, daquelas de mini-amostragem? Edita e joga na apresentação. Tem ação de abordagem com algum material difícil de explicar? Contrata a recepcionista pra fazer um freela e servir de promotora.

Capítulo 4: Há dois anos, voltei para a SD. Percebi que o Dudi ficava muito impressionado com o conteúdo dos meus projetos, mas trocava um monte de coisa de ordem. Ele buscava um slide láaaaaa atrás e trazia pra frente.

Lição 4: por mais maravilhoso que seja seu planejamento, ponha a mão no coração, trema o queixinho e admita: ele é apenas um obstáculo entre o Cliente e a idéia criativa, que é o que ele quer ver.

Capítulo 5: Como já mencionei aqui, uma vez o Neto viu um Power Point meu e se recusou a ler “você não pode impor uma quantidade de informação assim a ninguém! Quem tem tempo?”.

Lição 5: seja objetivo. Sempre.

Com tudo isso aprendi a fazer um projeto com começo, meio e fim, que vai direto ao assunto e não se demora lá.

Ou seja: vamos ver aqui se a gente consegue deixar isso:


... o mais próximo possível disso:

(para ver o PPT inteiro, clique aqui)

Aproveito para agradecer a todos os citados nesse post, que me ensinaram, cada um a seu modo, como se faz uma apresentação show!

Você é a empresa

Ainda em algum dia de 2007 eu me deparei com esse post bastante interessante no blog da PSFK. É a entrevista com o idealizador da Premium Cola, um refrigerante alemão cuja companhia que o fabrica é totalmente controlada pelos consumidores. Se você duvida, dá uma olhada nesse parágrafo:

"We don´t produce, we transport seldom nowadays, we hardly do anything ourselves than to steer the whole thing. But steering is essential. At Premium, every participant, which means every customer also, is able to view any info and co-decide on any issue, including my stock. For example, our bank account is viewable online to be checked daily by any customer. If I treat anyone badly, he/she might send a mail to all our mailinglist-readers from 50 cities right now, arguing to change matters or to lower my share of the company."

Quase um ano depois resolvi reler a entrevista e fiquei com um monte de dúvidas no ar:

- será que qualquer marca e empresa pode fazer isso?
- será que isso é real ou só um discurso?
- uma empresa de capital aberto, com ações disponíveis na bolsa para qualquer um, em tese não é parecido?
- o quanto o carisma do líder ou dono da empresa influencia nessas estratégias?
- esse é o futuro do capitalismo?
- governos democráticos, em tese, não deveriam ser assim?
- será que o setor privado vai guiar o setor público por meio dessa curiosa inversão de papéis?

Se alguém quiser arriscar uma resposta, o fórum está aberto. :)

Post-metáfora

Para mim "Ipod no Palito", "Bounded by Blood" e "Todos por un pelo" - cases que fizeram muito sucesso nos últimos tempos - bebem da mesma fonte desses "japas metaleiros":



Um jeito novo de fazer algo velho.
Um novo olhar sobre antigos problemas (ou soluções).
Porque para inovar não é necessário reinventar a roda.
Inovação requer força de vontade para seguir em frente quando as coisas parecem não ter saída. E criatividade para descobrir que a saída nem sempre precisa ser feita pelas portas dos fundos.

(Tá bom, vai, a voz dos japas não é assim uma Semp Toshiba. Mas o instrumental compensa)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Palestra do Marinho - Resultado

Muito bem, temos 5 lugares e, portanto, 5 sortudos. São eles:

Andrea Mello

César Lopes

Flávio Tanabe

Roberto Faria

Victor Wallauer de Melo

O endereço vai por e-mail já, já, peraí, tô mandando...

Cavaquinhos na Berrini

(por Raul Portugal, Diretor de Criação da Eii Comunicação)

Robi,

Obrigado pelo convite. Agora sou colaborador! Quando pequeno, ouvia da minha mãe que eu não colaborava em nada. Vou dizer a ela como as pessoas mudam.

Por falar em mudança, outro dia uma história chamou a atenção de como tudo é uma questão de se posicionar certo. Todia dia temos exemplos na nossa frente, que às vezes não reparamos. O lugar-comum, "lugar certo, na hora certa". Pois bem, almoçando com colegas aqui na região da Berrini fomos abordados por um vendedor ambulante. O que ele vendia? Cavaquinhos.

Não era carnaval e nem o restaurante era daqueles com pagode ao vivo (ainda bem). Mas ali estava o homem, simples na atitude, enganado no posicionamento. Cavaquinhos na Berrini? Não vendera nenhum, a julgar pelos muitos ainda pendurados na sua "gôndola de cavaquinhos".

Educadamente, mostrei que não tinha interesse. E pensei que para o pobre coitado, apenas uma daquelas aulas de mercadologia bastariam. Somente dois dos 4P's (quer hoje são 5), product e place, já seriam suficientes para ver que ali o seu produto não tinha vez. E assim, ele se foi.

Para mim, valeu o exemplo e a forma como pude absorvê-lo. Por isso, corri até ele e, por 10 reais, comprei um cavaquinho. E kabong no cara? Não, não sou tão mal assim. E também, não que eu vá aprender a tocar. E nem por piedade. Mas porque naquela hora vi mais um exemplo sobre posicionamento. Ele agradeceu e confessou como estava difícil aquele dia. E eu passei a usar a história aqui na agência: "Cuidado para não vender cavaquinho na Berrini..."

Skol da Rocinha

Acabei de publicar uma foto muito curiosa no meu blog pessoal, e depois fiquei com a sensação de que a discussão caberia melhor nesse espaço.

Quem estiver curioso é só clicar aqui. Trata-se de uma manchete de um jornal carioca com uma linha editorial parecida com a do antigo Notícias Populares. A manchete? "Skol da Rocinha desce redondo pro inferno".

Aposto que, como consumidor, você achou engraçado e, no mínimo, deu aquele sorriso de canto de boca. E se fosse gerente da marca, ou responsável pela conta na agência? O que acharia disso? Mídia espontânea? Prova de que a campanha está na boca do povo? Agressão à marca?

domingo, 25 de maio de 2008

Tá rolando no PP

1.
Se você ainda não respondeu nossa pesquisa, esta é a última semana.

Mande um e-mail (escreva "Pesquisa" no subject) e concorra a 2 livros bacanas:


O sorteio será dia 31, último dia para envio das respostas.

post original aqui.


2.

Sexta-feira agora tem palestra do Marinho para os Promo Planners.

Se você quiser ir, mande um e-mail para nós (escreva "Palestra do Marinho" no subject) que, ao final do dia (segunda dia 26) sortearemos alguns lugares que guardamos para nossos leitores.
post original aqui.

12 maneiras de enlouquecer os outros (na mesma medida em que todos enlouquecem você) - ou A Vingança dos Promo Planners

Está prevendo uma semana daquelas? Seu follow está abarrotado? Você chegou na agência hoje cedo e já tinha o famoso recado "a Fulana (do Atendimento) está te procurando"?

Não tema! Me lembrei de um antigo e-mail que circulou pela internet e adaptei as "12 maneiras de exercitar sua insanidade" para que você, promoplanner, possa ter um pouco mais de tempo e colaboração de seus colegas do Atendimento. E da Produção. E da Criação. E do seu chefe.

1) De manhã cedo, fique sentado na entrada do estacionamento, encostado à parede, com um gorro de ninja (serve de esquiador) e aponte um secador de cabelos para cada carro de colega seu da agência que entrar. Se algum deles diminuir a velocidade ou fizer menção de parar e falar com você, pule de lado no chão e role até a parede oposta, enquanto grita "banzai!"

2) Sempre que o Atendimento lhe passar um briefing, pergunte se acompanha fritas.

3) No meio da reunião para apresentar o projeto para o Atendimento e a Produção, aperte o play do computador, comece a tocar cara-caramba-cara-caraô e encorage seus colegas a fazer uma dança de cadeiras sincronizada com você.

4) Coloque um triturador de papéis sobre sua mesa com o seguinte bilhete, em formato de seta: se eu não estiver à mesa, deposite seu briefing aqui.

5) Sempre que seu chefe lhe falar alguma coisa, responda com "isso é o que você pensa".

6) Termine todas as frases de todos os seus e-mails com "de acordo com a profecia".

7) Se sua mesa ficar na Criação, ajuste o brilho do seu monitor para o que o nível dele ilumine toda a área de trabalho. Insista com os outros que você gosta desse jeito.

8) Sempre que possível, pule em vez de andar.

9) Responda os um milhão de e-mails que o Atendimento manda para cada equipe de cada job (já que você está sempre em todas), em reply all, para dizer o que você está fazendo. Por exemplo:"Se alguém precisar de mim, estarei no banheiro, na cabine 3".

10) Na véspera da apresentação de um grande projeto, coloque uma tela de mosquitos ao redor da sua mesa. Toque um CD com sons da floresta durante o dia inteiro.

11) Faça seus colegas de trabalho lhe chamarem pelo seu apelido, "Sassá Mutema, o Salvador da Pátria".

12) Quando estiverem explicando algo a você, olhe para o nada e comente, de preferência interrompendo a pessoa: "não é o que diz o power point que tenho instalado no chip de minha cabeça".

Uma ótima semana para você
: )

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Maracás de reisado

Antes de avançar neste post, um esclarecimento: maracá e maraca são a mesma coisa, um instrumento de percussão assemelhado a um chocalho. O “de reisado” identifica a maraca utilizada nas Folias de Reis no nordeste e que se caracteriza pela extravagância dos enfeites feitos com fitilhos, lantejoulas, pedrarias e brocados. Por este particular, a expressão “igual a maracá de reisado” é empregada como crítica a tudo o que se julga exagerado, além da conta. Em suma, é a antítese do “menos é mais”.

Essa curiosidade entra neste post exatamente por definir com precisão muitas das estratégias promocionais que tenho visto no mercado. São ações que, no intuito de aumentar seu apelo, lançam mão de uma overdose de premiações e mecânicas embaralhadas numa mesma campanha.

Concorra a uma viagem, a uma bolada em dinheiro, a um carro e a uma casa.
Ganhe um brinde na hora e concorra a vales-compras na raspadinha e a um carro por concurso.
Abasteça, ganhe um card colecionável, que também é peça de um jogo de cartas, e use a senha do cupom para se cadastrar no site da promoção, via Internet ou SMS, e concorrer a notebook, viagem, mais isso e aquilo.

O pior é que na maioria das vezes não há a menor conexão entre os prêmios ofertados. Alhos e bugalhos convivem placidamente, acrescentando custos, dificultando a comunicação e em nada contribuindo para tornar a campanha mais vendedora.

Certa vez, um cliente nosso queria fazer uma promoção de venda in store para a qual dispunha de US$ 300 mil em premiação. Em sua opinião, para a ação ter sucesso, precisaria distribuir milhares de prêmios como cadeiras e toalhas de praia (era verão), viseiras, guarda-sóis, bicicletas, aparelhos walkman (avô do MP3 player), bolas e um sem número de objetos. Considerando que a campanha iria envolver cerca de 400 supermercados, a verba não era assim tão folgada quanto parece à primeira vista.

Desde o briefing, a proposição me incomodava. Iríamos torrar US$ 300 mil sem que fosse possível aos consumidores terem a percepção desse valor. A profusão de cacarecos oferecida minimizaria a proporção da campanha.

Optamos por contrariar o briefing e desenhamos uma outra ação que tinha por estratégia dar 30 carros Corsa (na época, um lançamento muito aguardado) que custaria US$ 255 mil (o valor não está errado, em 1994, quando foi lançado, o Corsa custava US$ 8,5 mil).

O apelo de 30 carros recém-lançados (“Um por dia!” dizia a chamada) era maior do que o valor real da premiação. O cliente, felizmente, compreendeu isso e pudemos fazer uma campanha tão bem-sucedida que por quatro anos consecutivos foi repetida, mudando-se apenas o modelo de carro.

O sucesso deveu-se à simplicidade da mecânica, ao valor percebido da premiação e à objetividade da ação que nos ajudou a fazer uma comunicação focada, apta a competir com a gritaria de informações orais e visuais próprias de um supermercado.

Maracás de reisado ficam bem na estética característica da Folia de Reis. Fora dali, é falta de imaginação e empenho de se buscar proposições que sejam realmente fortes em si mesmas.

Job: vencer a segunda guerra

O melhor de trabalhar com planejamento, na minha opinião, é que, com o treino diário em buscar soluções estratégicas e criativas no campo da comunicação, acabamos aprendendo a pensar estrategicamente com criatividade em praticamente qualquer área.

Para quem já reparou que cada vez menos escrevo sobre comunicação por aqui, aí vai outro post cujo objetivo é somente inspirar...e quem não está entendendo nada, leia esse post da Robi e tente abrir um pouco mais a cabeça.

Então imagine que você está trabalhando no órgão de inteligência do governo inglês, em 1940, e o seu job é vencer a segunda guerra. Você sabe que sozinho não conseguirá bater a Alemanha de Hitler, e por isso precisa de aliados, mais especificamente de uma mãozinha da potência emergente, os Estados Unidos.

Aí você passa a ter um problema secundário. A opinião pública do país que você quer como aliado não está lá muito favorável. Os americanos acham que a guerra já está praticamente vencida pela Alemanha e que, portanto, entrar nessa briga vai ser inútil. O presidente e o congresso não estão com vontade política de passar por cima da opinião pública. E agora?

Em 1940 os termos "boca-a-boca", "buzz marketing", "seeding strategy" e outros do gênero provavelmente não eram conhecidos, ou nem tinham sido inventados, mas alguém pensou estrategicamente e utilizou muita criatividade para uma solução inesperada.

Claro que os Estados Unidos não entraram na guerra só por causa disso, e assim como em muitas ações promocionais, é difícil medir o quanto essa jogada de fato contribuiu, mas o que eu li nessa notícia não deixa de ser genial mesmo assim.

Se um dos fatores críticos era a opinião pública americana, alguém decidiu que o ideal seria convencer algumas pessoas imporantes da alta sociedade, ou seja, formadores de opinião, alphas, trendsetters, ou seja lá qual nomenclatura você queira dar a quem está no topo da pirâmide em termos de influência, de que Hitler poderia ser derrotado sim.

E como fizeram isso? Enviaram um polêmico astrólogo, sabidamente charlatão, mas muito respeitado por parte importante desses formadores de opinião, para uma missão nos Estados Unidos. Esse cara foi lá e prestou seus "serviços" para algumas dessas pessoas, garantindo a todos que suas previsões indicavam uma derrota dos nazistas.

Com mais confiança, essas pessoas "consultadas" pelo astrólogo provavelmente começaram a passar a notícia para a frente, e quando uma mentira é contada muitas vezes, vocês sabem, ela vira verdade, não é mesmo? O ponto aqui é a moral do exército. O simples fator psicológico de acreditar ou não na possibilidade de vitória já é meio passo para a conquista do objetivo. Genial não?

Também muito curioso é que o mesmo astrólogo convenceu o governo inglês de que, uma vez que Hitler era muito ligado em astrologia, ele mesmo poderia prever os próximos passos do ditador baseado em previsões geradas à partir de seu signo. Os ingleses compraram a idéia, e os relatórios do astrólogo. Bom para o astrólogo, ruim para os britânicos. Nesse caso parece que havia uma informação propositalmente errada no briefing: Hitler podia ser louco, mas não acreditava tanto assim em astrologia.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Palestra do Marinho para os Promo Planners

Pessoal, o Luiz Alberto Marinho* vai fazer uma apresentação especial para nós, os valentes promoplanners que editam esse blog.

O tema:

"O brasileiro na boca do caixa: um panorama do consumo no país, com destaque para o fortalecimento da classe média e baixa renda."

Será no próximo dia 30, sexta-feira, às 13h, na New Promo, empresa de operações da SD Comunicação, onde trabalho (Brooklin).

Quer ir?

Pois teremos alguns lugares guardados para nossos leitores!

Mande agora um e-mail e escreva "Palestra do Marinho" no subject.

No final da segunda-feira, dia 26, faremos um sorteio (infelizmente não cabe todo mundo que vai querer ir...) para saber quem terá cadeira guardada a nosso lado.

Boa sorte para vocês e um super obrigada, de todos os promoplanners, ao Marinho.

Imperdível.


*O Luiz Alberto Marinho é dono da Brandworks e especialista em tendências de varejo. Escreve no Blue Bus às segundas, quartas e sextas, tem um boletim diário na Band News FM, tem seu blog ali nos links laterais e participou da Conferência do GP (post com a cobertura).

Novos Colaboradores do Promo Planners

Agora são 4 os colaboradores do Promo Planners:


Fabiano Coura, Diretor de Planejamento de Ativação da NeoGama/BBH, de quem você já lê a coluna "Os 10 Mandamentos do Engajamento";


Kito Mansano, Diretor Geral da Rock Comunicação, que foi Diretor de Produção para Promoção do Banco de Eventos e Diretor de Produção da Sight-Momentum, ninguém melhor para falar sobre, por exemplo, Legislação Promocional.


Raul Portugal, Diretor de Criação, Videomaker e Motion Designer da Eii Comunicação.


Mentor Muniz Neto, VP de Criação da Bullet... e que nem precisa de apresentação.
Mas o Neto só poderá entrar em ação promoplannicamente, por absoluta falta de tempo, depois de Cannes, onde ele vai ser do júri. Até lá, estamos todos assobiando e fingindo que não estamos nem aí pra ele.
; )


Clique nos logos para acessar os sites das agências.

Indulgência Ambiental

(por Kito Mansano - Diretor Geral da Rock Comunicação)

A questão da responsabilidade sócio-ambiental invadiu nossas vidas de maneira definitiva e agora já não há mais retorno. Ainda bem.

Minha filha de 12 anos chega da escola cheia de idéias e normas para economizar água, fala sobre coleta seletiva e aquecimento global, questiona processos domésticos e fala das iniciativas do governo. Vejo isso como um grande avanço na cidadania, pois, na minha época de escola, este tipo de assunto não tinha a menor relevância - e alguns outros assuntos jamais deveriam ser comentados; afinal, vivíamos em uma ditadura militar.

Mas também vejo este assunto com certa preocupação. Não que eu seja contra a conscientização pela saúde e sustentabilidade do planeta, mas sou contra o uso da bandeira ecológica como forma de proliferar o caos para vender um novo produto: a chamada indulgência ambiental.

Alguns empresários estão se beneficiando desta nova conduta para minimizar custos que podem gerar a desqualificação de alguns serviços, sempre com a desculpa de estar pensando no planeta.

Veja o exemplo dos hotéis: até pouco tempo as toalhas eram trocadas a cada dia. Hoje, avisos nos banheiros pedem a conscientização no uso da toalha para que o consumo de água e produtos químicos na lavagem seja diminuído. O consumidor não tem nenhum tipo de beneficio comercial se não pedir a troca da toalha diariamente, apenas deixa de ter culpa por conseguir economizar água. E é aí que entra a indulgência ambiental.

O cliente consciente deve sentir o resultado de suas atitudes no bolso ou através de algum benefício da empresa que reconheça sua atitude.

Temos que estar atentos a este tipo de ação.

No mercado promocional não é diferente. As ações estão sendo planejadas de maneira com que a agressão ao ambiente - como a sonorização de shows em parques, geradores e degustações em copos plásticos - seja neutralizada. O Carbon Free é a nova vedete no momento do briefing e a vontade em realizar a ação de forma responsável já invadiu a cultura das empresas.

Mas isso tem que se tornar autêntico e não ser usado como uma ferramenta para aliviar a culpa, passando a impressão de que estes detalhes garantem o engajamento na causa. A promessa de plantar uma árvore a cada tanque abastecido não garante a neutralização da energia gasta na cadeia de produção e transporte do produto: é uma promessa marketeira.

Fica clara a incoerência quando participamos de concorrências em que o discurso é utilizar as ferramentas necessárias para posicionar a empresa como responsável sócio-ambiental na realização do evento, utilizando todos os recursos disponíveis para uma entrega consciente, mas, para o dia da apresentação do projeto, são solicitadas 5 cópias impressas de um documento que pode ter mais de 100 páginas.

Vale também lembrar de alguns artistas que sobem nos palcos de shows e eventos gritando “vamos acabar com a fome” enquanto seus empresários, em nome de seus pupilos, exigem verdadeiros banquetes nos camarins, com frutas, sucos, bebidas e flores, causando enormes desperdícios. Sugiro que estas bandas ou empresários troquem estas solicitações absurdas de camarins por doações a causas mais nobres.

Não sou uma das pessoas mais conectadas a este tema e longe de mim ser o eco-chato, mas se estamos aprendendo a rever o futuro do planeta, temos que ser no mínimo coerentes.

Uma das situações mais bizarras que vejo no mundo promocional em relação à falta de entendimento da consciência ambiental versus a tecnologia fica na esfera das promoções para consumidores. A tecnologia garante a condição de participação de forma idônea e transparente destes consumidores, porém uma restrição do órgão fiscalizador determina a necessidade da impressão de cupons físicos, em papel, no momento da realização da apuração. Mesmo querendo montar uma campanha promocional responsável ambientalmente, usamos milhares de árvores para gerar milhões de cupons que nem sempre podem ser reciclados, uma vez que o custo para a separação da sucata é alto e não compensa. O destino deste material é a destruição, gerando impacto ambiental desde o transporte até a efetiva ação de incineração. Este tipo de imposição tem que ser revista e eliminada. Os responsáveis devem evoluir e aproveitar os benefícios da alta tecnologia.

Neste exemplo, fica claro que nem todos estão preocupados ou possuem o entendimento necessário para colaborar com a preservação do planeta. Temos muito que aprender, ficar atentos e questionar.

Nossa conscientização deve ser construída, e não imposta através da culpa e amenizada com o material menos biodegradável de todos: a indulgência ambiental.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Os 2 Ouros Brasileiros no Wave Festival

Não sei você, mas eu concordo (de aplaudir em pé) com os 2 Ouros brasileiros no Wave Festival, que acaba de acontecer este último fim-de-semana no Rio. Lindo, lindo, lindo! Show de Planejamento Criativo, show de Criação, show de Produção em ambos. Execuções perfeitas de ponta a ponta.

Segundo Geraldo Rocha Azevedo, Presidente do Júri, "o critério usado para distinguir as peças foi uma idéia que gere engajamento e crie uma conexão do consumidor com a marca".


iPod no Palito da Bullet para Kibon

O Marinho falou dessa ação aqui e todo mundo falou, falou, falou, tentou descobrir como era o picolé fake com iPod dentro, conjecturou, duvidou, viu e quase não acreditou: a Bullet não só veio com essa idéia de cair o queixo como conseguiu realizá-la.

O desafio: criar algo surpreendente para sua ação de verão, que é o período responsável por 70% das vendas e que sempre vem com a já tradicional mecânica do palito premiado. Agora, imagine, de saída, tudo o que amarra a mão do Planner: os pontos de troca são "tudo quanto é padaria". O produto é um picolé, com um palito dentro e um papel por fora. Não pode ter complicador porque é um picolé, oras, giro alto, as pessoas não vão à padaria para entender uma mecânica complicada, elas pegam o picolé que estiver na frente e tchau. Não tem Kibon, vai outra, dane-se, é um picolé!

A solução: colocar um iPod Shuffle dentro do picolé!

Idéia (sensacional) aprovada, começa o horror: transformar em realidade. Imagino suicídios coletivos na sala da Produção. Atendimentos em prantos convulsivos. Mas, seja lá o que fizeram, conseguiram, junto à Apple, desenvolver o picolé fake que continha o iPod e não o deixava estragar a uma temperatura de menos 20 graus.

O buzz todo, você viu. Ou você não foi à padaria comprar um Fruttare esperando achar um iPod? Ah, qualé! Foi, sim.







(link fotos)




Bullet
Criação: Mentor Muniz Neto e equipe: Adriano Cerullo e Anna Karina Brockes.
Planejamento: Fernando Figueiredo e equipe: Pérola Freeman, Flavia Santos e Caio Carvalho.


Fachadas da ArtPlan para Banco do Brasil

Que tal uma campanha com quase 94% de recall, que colocou o Cliente no Top of Mind no período da campanha, fez o número de acessos ao site pular de 600.000/dia para mais de 2 milhões?

O desafio: reposicionar a marca Banco do Brasil, fazendo-a se reaproximar de seus clientes.

De primeira: se você nunca trabalhou com Banco, acredite: é muito difícil. Mais do que produto OTC. São 45 milhões de níveis hierárquicos, grupos, segmentos, gestores e o escambau. Um olhar conservador e muito, muito em jogo. Além das dimensões: muitas mil agências, milhões de clientes.

A solução: mais de 600 profissionais de Produção foram convocados para fazer com que 300 agências do BB amanhecessem o primeiro dia do ano com nomes tipicamente brasileiros. Dentro da campanha "Todo Seu", tinha Banco do Brasil com fachada trocada para "Banco da Maria", "Banco do João", "Bando do José". Trezentas agências. Sabe lá o que é isso? Era gente tirando foto na frente da agência que tinha seu nome, um buzz absurdo. Nas outras 2.600 agências foram trocados os adesivos das portas.

Outra coisa de tirar o chapéu: ao fazer o login no site do BB, o cliente via seu nome no lugar do logotipo!

ArtPlan
Criação da campanha: Roberto Vilhena e equipe: Marcos Hosken, Daniel Rezende, Sérgio Carvalho e Gustavo Tirre.

Peço sua ajuda em uma questão inocente



Você provavelmente deve conhecer a innocent, marca inglesa de sucos e outras refrescantes delícias não-alcoólicas, como o iogurte. Ela ficou mundialmente famosa pelo design moderno de suas embalagens e linguagem irreverente de sua comunicação. Isso fica nítido no slogan "little tasty drinks", bem como no anjinho tracejado da logomarca. A marca tem uma personalidade ousada, jovem, engraçada e por isso mesmo transgressora (no sentido de ignorar alguns conceitos tradicionais de marketing).

Ela sempre foi meu exemplo de marca que cria um diálogo fundamentado na espontaneidade para conquistar a simpatia das pessoas. Mas hoje me deparei com um outro exemplo. É a help, empresa farmacêutica que promete resolver problemas de saúde simples de forma simples. Tudo pra você ter uma experiência mais agradável na hora de tomar um remédio pra dor de cabeça.

(Leia os textos das embalagens nas imagens abaixo).







Além dos remédios com atitude autêntica, a empresa vende em seu site camisetas personalizadas alinhadas ao conceito da marca. O layout segue sua identidade visual.

help
___________________________ (coloque aqui um problema que você gostaria resolver).

"Todo mundo tem problemas. Não devemos ter vergonha disso. Vamos encarar nossos problemas de frente. Se você deixar todo mundo saber o que lhe aborrece, você não vai ter mais que se esconder, o que lhe fará se sentir melhor" - proclama o site.



Gosto bastante dessas propostas diferentes daquelas que sempre costumamos ver, e por isso mesmo sou simpático às duas marcas. Mas será que uma marca que não nasceu com autenticidade "de berço" consegue transformar sua essência e conquistar a cumplicidade das pessoas? Ou pareceria forçado? Para ilustrar minha pergunta: você imagina uma marca como a Del Valle se tornando uma "innocent brasileira"?

terça-feira, 20 de maio de 2008

Promo Pérola

Contato entre o Atendimento da agência de Promoção e uma empresa de shows: o Atendimento pergunta para a Produtora o que ele pode fazer com o show de um grande artista internacional.

A produtora informa que ele pode fazer promoção com ingressos, ter camarote VIP, sampling etc.

E aí o Atendimento pergunta: "e uma sessão fechada para convidados, pode?"

A Produtora: "sim, você chama os 60 mil amigos mais próximos do seu cliente, paga mais uma data de show e lota o Morumbi... que está OK".


As Promo Pérolas são diálogos e acontecimentos flagrados nas agências, que fazem com que o dia valha a pena... e o salário, não.
Nomes e algumas referências serão alteradas para proteger os inocentes e os empregos.
Para colaborar, mande a sua promo pérola (mas tem que ser verdadeira, senão não tem graça).

De Job em Job

Muito bem, então já passamos pelo momento de definir objetivos, de fazer um portfólio bacana, selecionar agências, entrar em contato e dar um show na entrevista. Aí, você é contratado e, ufa, acabou essa etapa da sua vida, certo?

Pelamordedeus, erradíssimo! O que segura alguém no emprego? Se a pessoa não for a Scarlett Johanssen com fobia de roupa ou o filho do dono, a resposta é uma só: o cara é bom.

Sim, tem um monte de gente encostada. Se você olhar em volta, na sua sala, agora mesmo, vai ver pelo menos um. Sim, o mundo é injusto e a vida é dura, mas esqueça quem fica no orkut o dia todo enquanto você mata job e pense na SUA carreira. Prioridades.

1 – Seu job description não é mostrar o quanto o fulano é ruim, encostado, enrolão e/ou puxa-saco. Faça o seu trabalho.

2 – Marketing pessoal não é sair contando que legal a idéia que você teve a cada vez que cruzar com um Diretor. Ache um meio-termo. É legal comentar, comemorar conquistas e aceitar elogios. Mas também é legal se lembrar de que, na primeira pisada, basicamente as suas últimas 900 conquistas serão esquecidas.

3 – No que você se destaca? O que você faz de melhor? Invista nisso.

4 – Pense business. Ninguém merece um aumento porque está mal de grana e chega todo dia cedo. A pessoa merece um aumento porque está fazendo seu trabalho muito bem e ou está com o mesmo salário há muito tempo, ou porque o salário está defasado ou porque vai absorver uma carga maior de responsabilidade.

5 – Reclamar não adianta NADA. Aponte um problema EEEE uma solução. Acredite. Sou uma reclamona de marca maior e aprendi isso a duras penas.

6 – Se você achar que é um herói, porque tem trabalhado até altas horas todos os dias, considere a possibilidade de você ser desorganizado. E se organize.

7 – E, por último, respeito. Pelo seu chefe, pelos colegas, pelos clientes, pelo trabalho dos outros, pela empresa que te paga todo mês, pelas oportunidades, pelos erros dos outros, coloque-se no lugar das outras pessoas. É o melhor jeito de ser respeitado também.

Fiquei muito feliz em ver, pelas pesquisas que já chegaram, que o De Job a Job foi útil para muitas pessoas. Se você ainda não encontrou seu emprego, fique frio. Uma das coisas mais difíceis que existe é ter paciência. Eu mesma, depois de 15 anos de estrada, me pego às vezes com a ansiedade lá em cima, ensaiando demissão e/ou lamentando que, depois de 3 meses, ainda não achei um emprego que preste. Ora, ora. Paciência. As coisas boas custam um pouco mais pra conseguir. Mas sempre valem a pena. Keep walking.

Semana que vem, a gente começa uma série falando sobre apresentação de projetos, que tal?
: )

Oportunidade de Emprego

A AG2 está procurando um Assistente de Planejamento que:

- seja formado em Comunicação Social ou Administração;
- tenha facilidade em identificação de oportunidades em ações digitais, web, mobile e redes sociais;
- seja antenado com tendências, novas mídias e comportamento do consumidor;
- tenha experiência em agência, na área de Planejamento.

(faixa de R$ 2.000)

Se você estiver interessado, mande um e-mail pra gente.
Quem está cadastrado no nosso Banco de Curriculuns já está com o material lá na AG2.

Boa sorte!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

ação debaixo da ponte

Falando nas referências culturais que ajudam nosso trabalho, outro dia fui a uma exposição no Itaú Cultural e conheci o Post-Its - Ciudade Ocasionales, que mostra projetos sociais em diversas cidades da América Latina.

No Brasil, foi mostrado ali o Projeto Cora Garrido/Projeto Viver. É simplesmente o máximo e já estou pensando em alguma coisa, mesmo que proativa, para oferecer pra algum Cliente (fique à vontade para pegar essa idéia pra você).

O ex-pugilista Nilson Garrido, trabalhando como segurança em um lugar embaixo do Minhocão, cansado de testemunhar, sem poder fazer nada, o modo de (sub)vida daquelas pessoas, em meio a drogas, violência, miséria, abusos etc, resolveu montar uma academia de boxe.

Uma academia toda improvisada, em que, por exemplo, uma carcaça de geladeira faz as vezes de saco de areia.

Em um ano e meio, uma das academias teve 2000 pessoas cadastradas (o cadastramento é para imprimir um mínimo de ordem no entra-e-sai geral). E Garrido viu muita gente aumentando sua auto-estima e mudando seu destino (mesmo. É emocionante). Com isso, a violência na região das academias diminui, os moradores passam a, por exemplo, andar mais a pé e a colaborar como podem com o projeto. São livros, brinquedos e roupas doados, fazendo a academia ter sempre uma área de convivência, que se forma naturalmente.

Não é o máximo?

Eu gostaria que algum Cliente patrocinasse um projeto assim. Da maneira correta, só como apoio, capitalizando sem exagero pro seu lado. Retorno de imagem, sacumé?

Coisas inspiradoras geram jobs vencedores.

Para saber mais: tem um post no meu blog Céu que reúne várias matérias e informações.



Participe da nossa pesquisa: é só mandar um e-mail com "pesquisa" no subject e concorra a 2 livros bacanas.

Matou o job e foi ao cinema

Falei aqui sobre abrir a cabeça para outros assuntos, que não sejam jobs, jobs e mais jobs. Tem gente workaholic que não percebe o mal que ser bitolado faz para a carreira. Quantas vezes você não sugeriu para seu cliente uma coisa que fez com que você tenha tido uma boa experiência? Se for pertinente, ué, melhor coisa não tem nessa vida!

Por exemplo: nosso amigo Bruno aqui. A Storytellers, agência dele, criou uma ação para Petybon baseada em pura experiência, a Virada Cine-Gastronômica.

É simples (depois que ele já resolveu o job). Junta-se a Virada Cultural com degustações de produtos Petybon no intervalo dos filmes e voilá: uma ação de sucesso. Quem nunca foi no Noitão do Belas-Artes teria tido essa idéia, será?

Se você ainda não foi, o Noitão acontece no HSBC Belas-Artes, aqui em São Paulo, toda segunda sexta-feira do mês. Da meia-noite às seis, são exibidos 3 filmes, sendo 2 pré-divulgados e 1 surpresa, dentro de um tema. O tema desse mês foi "O Outro Lado da Fama" e foram exibidos: "Control", "Snow White, The Sequel" e o filme-surpresa era "Deuses e Monstros".

Participe da nossa pesquisa: é só mandar um e-mail com "pesquisa" no subject e concorra a 2 livros bacanas.

Oportunidade de Emprego

A agência ENatureza, de São Paulo, está à procura de Planners.

Faixa de R$ 3.000,00.

Se você tiver interesse, mande um e-mail pra gente.

Já mandei os CVs de quem está cadastrado no Banco de Curriculuns.

;)

UPDATE: esse é o site deles.