quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cannes 2009 (com lag de 4 meses)

Como algum de vocês devem ter visto aqui no Promo Planners, fiz uma cobertura do festival de Cannes pelo blog da Aktuell. Há alguns meses eu repassei o conteúdo absorvido por lá para meus colegas e para os clientes da agência, mas só agora a apresentação está disponível para quem quiser ver. E por isso mesmo compartilho com vocês.

Não sei se a coisa vai ficar muito clara, pois grande parte do conteúdo foi transmitido no speech. A apresentação foi apenas um suporte. Mas dá para "pescar" alguns pensamentos e a linha de raciocínio. No final, os cases premiados de promo, design e marketing direto. E caso alguém queira se aprofundar em algum ponto, entre em contato.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Brasileiros - o time do contra



Nós brasileiros somos um povo muito invejoso. Acho que essa culpa católica que nos é imposta desde os tempos do Cabral e esse sentimento de país de 3º mundo sempre fez a gente achar que aqueles que vivem acima da linha do equador sejam muito melhores na publicidade do que nós tupiniquins.

A “elite” brasileira então é aquela que só admira produções internacionais, que vai à Broadway assistir qualquer peça e é incapaz de ir ao cinema assistir um filme nacional. Que acha o Obama o máximo e vive falando mal do Lula.

No mundo das produções publicitárias isso não é diferente. Todo ano Cannes se enche de inscrições de todo o mundo e ficamos ansiosos para ver os projetos que levarão o leão para casa. A cada case premiado fazemos um raio-x da ação e admiramos a ousadia, a inovação, o storytelling, os filmes, as ações de BTL, a repercussão, os resultados... enfim, tudo!

Agora quando a campanha é brasileira os comentários mudam de figura: é fantasma, é chupado, é fake, é ruim, é de mau-gosto, e o ó. Basta alguma agência, cliente ou pessoa se tornar foco do holofote brasileiro para que todos que estão olhando comecem a atacar com ovos, tomates e o que mais puder para desmerecer o destaque ou não dar o devido crédito.

A TV brasileira quando dá destaque a uma situação inusitada em seus telejornais, ao invés de dar crédito a quem proporcionou, não fala a marca porque não quer promover uma empresa a não ser que ela pague para isso. Sempre vemos: “A empresa líder no segmento de refrigerantes” ou “Uma empresa aérea brasileira”.

O contrário não é verdadeiro. Basta uma notícia negativa sobre a empresa para já falarem em alto e bom som para todos e nos mais diversos meios “A queda do avião da TAM”.

E desse jeito ficamos aqui em terras tupiniquins imaginando como poderíamos realizar cases tão bacanas como aqueles que acontecem fora do Brasil.

Aí eu me pergunto: E os cases internacionais também não podem ser fantasmas? Será que os virais também tinham a turma do torce contra para destruir a história?

Será que quando o case O melhor emprego do mundo começou alguém foi “alertar” a todos nos blogs, twitters e outros meios digitais dizendo que aquela história era uma CAMPANHA DE MARKETING para promover o turismo em Queensland?

Será que a SEGA e a Wieden Kennedy de New York tiveram pessoas que se manifestavam dizendo que o case Beta-7 era uma “jogada de marketing” para promover o jogo?

Cases assim, para mim, são experiências de entretenimento. Nelas, assim como nos filmes, séries e novelas você nunca gosta de quem dá o Spoiller porque estraga o final da história. Então caro brasileiro, se você não gostou do case, ignore-o, mude de canal... ou então curta a história com aqueles que estão interessados. Mas por favor, se você sabe, não grite o final do filme. Atrapalha quem tá assistindo, ok?

sábado, 24 de outubro de 2009

Mudar hábitos é mais fácil se for divertido

Lembra do filme BIG (quero ser grande) com o Tom Hanks com uns 20 anos? Você não quis brincar naquele piano gigante?
O vídeo abaixo virou hit.


Não tem nada invador, você já tinha visto isso, mas a VW e a DDB Sueca transformaram isso numa teoria (the fun theory), fizeram um site e criaram um padrão que pode ser explorado de diversas formas, como nesse segundo vídeo.


Além disso, no site rola um concurso cultural de novas ideias para explorar a Fun theory. Pensou em alguma?
Abs, Filipe

terça-feira, 20 de outubro de 2009

¿Adiós a quién?



dica via twitter do @neto

Agência Samurai procura planejamento



Agência Samurai procura profissional de Planejamento com experiência mínima de 3 anos na área de planejamento de BTL e que tenha no repertório:

· Experiência no planejamento de promoções e ações de trademarketing; ( leis, regulamentos, conhecimento prático da realidade de campo, PDV)
· Criatividade aliada à Visão de Negócios (além do Mercado de Comunicação, ambiente de negócios, processos, números e gestão);
· Interesse acima da média em atividades culturais e tendências de mercado;


Os interessados devem enviar currículo para Jôsy Santos - jsantos@integration.com.br

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Em algum lugar do passado

Minha avó já passou dos 90 e até pouquíssimo tempo atrás tinha lucidez suficiente para morar sozinha e dirigir um carro. Mas o tempo é implacável até com quem se cuida e, mais dia menos dia, chega a hora de pisar no breque e desacelerar.

Pois bem, ela ainda está viva e relativamente bem de saúde, mas não podendo mais viver de forma independente tivemos que tomar a dura decisão de vender seu apartamento e trazê-la para a casa de meus pais. Coisa que, diga-se de passagem, ela não concordou muito. Mas acreditem, não havia outra opção.

Por causa disso passei um dia todo dentro de seu apartamento fazendo faxina, resgatando documentos e selecionando lembranças antes que o novo dono chegasse. Dentre muitas coisas que descobri nas gavetas e armários da casa da minha avó fui surpreendido com vários brindes promocionais que ela guardava com o maior carinho. Um exemplo é esse livro de receitas, que fiz questão de fotografar para publicar aqui.

Isso me fez pensar sobre a relação das pessoas com as promoções. Até onde um brinde ou um prêmio pode fazer parte da história de vida de alguém? Os entusiastas dos anos 80 até hoje reverenciam aquela coleção de mini-garrafas de Coca-Cola. Minha avó guardava um livro de receitas do Açucar União. Qual o valor dessas coisas para uma marca? Como criar ações cujos brindes sejam mais perenes e menos descartáveis? O tempo que a pessoa guarda uma coisa dessas pode ser uma medida de sucesso?



Esse post é uma contribuição de Bruno Scartozzoni, idealizador do blog que hoje navega por outros mares.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O poder de barganha dos clientes



Comecei a minha vida profissional numa empresa de equipamentos onde o core business era venda e locação de impressoras. Tinham agências e empresas de grande porte como cliente. Posso dizer que comecei a entrar nas mais representativas agências do mercado pelas portas dos fundos, como fornecedor.

Nessa época, um dos melhores vendedores era meu “tutor” na empresa e eu o acompanhava em quase todos os clientes. Nesse período vi todo tipo de negociação possível e imaginável. Para cada cliente, havia uma tabela apresentada, uma forma de pagamento diferente e um tipo de discurso.

De lá pra cá, acompanhei diversos tipos de negociações entre fornecedores e clientes. São descontos absurdos em tabelas que “regularizam” o mercado, contratações condicionais aos fechamentos das contas e até mesmo remunerações para o cliente, ou o famoso “por fora”. Tuuuuuuuudo para fazer o cliente se sentir feliz e satisfeito.

Nas agências não é diferente. A política de tratamento dos clientes vai muito além dos almoços em restaurantes caros e doces das reuniões. O poder de barganha dos clientes é tão grande que as agências se submetem verdadeiras barbáries. O que antes era um agrado para o cliente, onde todos os produtos daquela categoria passavam a ser comprados da empresa em questão. Hoje em dia, em muitas agências, consumir um produto do concorrente dentro da empresa ou até mesmo próximo é motivo para demissão por “Justa Causa”. E vai além! O cliente manda e desmanda na estrutura organizacional da empresa, manda contratar, mas manda também demitir, justificando um motivo esdrúxulo e forçando a barra que essa ou outra atitude é passível de “perda da conta”.

Nós funcionários (ou já que emitimos NF podemos nos considerar fornecedores?) acabamos sofrendo com isso. Em um mundo atual onde a tecnologia nos permite expor nossas vidas pessoais e profissionais através da internet, também temos que tomar muito cuidado com o que fazemos fora do nosso “ambiente de trabalho”.

As queixas sobre o trabalho, que aconteciam na mesa do bar ou no sofá de casa hoje aparecem no twitter, no blog, no Orkut, etc.

Só que esse desabafo fica registrado, um simples momento extravasado mesmo que em forma de um sussurro contido pode trazer conseqüências não tão positivas depois.

Acontece que os clientes perceberam (e nós mostramos para eles inúmeras vezes) que a internet tem um poder enorme de disseminar uma marca para o bem ou para o mal.

Dessa maneira, surgem políticas empresariais (criadas após o incômodo de uma cúpula ou por uma reclamação de um cliente) de como os contratados de determinada empresa devem proceder com relação às mídias sociais. Aqueles que não cumprirem com o estabelecido, são demitidos por “Justa Causa”.

Existem aqueles que reclamam da censura e existem aqueles que defendem as empresas.

É claro que sempre aparece a famosa “regra do bom senso”. Só que bom senso é relativo para cada pessoa. O que um considera normal, o outro pode achar um absurdo tremendo. E algo tão grave como uma demissão não pode ficar a mercê de algo tão subjetivo.

Mas até que ponto as empresas podem controlar o que publicamos em nossos blogs, twitters e orkuts da vida? E qual é a linha que separa o que é profissional do que é pessoal? Até que ponto contar um fato é denegrir a imagem de uma agência ou cliente? É censura ou não? Você concorda com a normatização de uso pela empresa que você trabalha? Você já foi repreendido? Qual a sua opinião? Cliente tem sempre razão?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Seja a mudança que você quer ver no mundo

Como você vive, sonha, lidera?



Além da mensagem bacana, a apresentação visual é excelente. Inspiração para corações que acreditam no poder da liderança como propulsor de profundas mudanças sociais.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Repensando Campanhas de Incentivo

De todas os tipos de agências de comunicação as de marketing promocional talvez sejam aquelas que mais trabalham e conhecem o público interno, ou seja, funcionários, colaboradores ou qualquer outro nome que você queira dar para gente que recebe salário em troca de trabalho. Entre outras palavras, quase todo mundo a partir de uma certa idade.

O motivo é que volta e meia empresas de todos os portes e segmentos inventam de fazer campanhas de incentivo. A idéia é sempre dar algum tipo de premiação (viagens, carro, utensílios domésticos etc.) em troca de um esforço de aumento de resultados (venda, produtividade, etc.).

Para os planejadores de marketing promocional cabe ver quem é o público, qual é a cenoura da vez que fará com que ele se motive mais, e como amarrar a mecânica de forma a gerar o melhor resultado possível.

Nesses anos todos já vi algumas campanhas de incentivo darem muito certo e outras nem tanto, mas esse vídeo do TED dá uma bela chacoalhada em conceitos que até ontem pareciam óbvios.

Utilizando uma experiência científica como argumento, Dan Pink advoga que, para certos tipos de tarefa, premiações e bônus podem funcionar ao contrário do que prevíamos, desincentivando as pessoas.



É claro que todo mundo gosta de ganhar um dinheirinho a mais, uma viagem para a Disney ou uma TV de plasma de última geração, mas o ponto é que, sobretudo em casos onde é preciso entrega intelectual e emocional, esse tipo de incentivo pode limitar.

Dan Pink defende que é muito melhor incentivar as pessoas por meio de trabalhos que elas façam porque gostam, porque é interessante e porque importa para a sociedade. Utópico? Talvez. Mas ele mesmo rebate com exemplos como o Gooogle, que dá autonomia para que os funcionários trabalhem em projetos pessoais durante 20% do tempo. Certamente que muitos desses projetos dão em nada, mas em contrapartida alguns dos produtos mais revolucionários da empresa, a começar pelo Gmail, saíram daí.

Longe de ter a fórmula ideal, mas fico pensando se em muitos casos não cabe ao planejador de marketing promocional sugerir que uma empresa, ao invés de criar uma campanha de incentivo nos moldes tradicionais, implante outros tipos de ação.


Esse post é uma contribuição de Bruno Scartozzoni, idealizador do blog que hoje navega por outros mares.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Storytelling com paixão

Isabel Allende, autora e ativista, participou do último TED e emocionou a platéia (e a mim) com um discurso extremamente apaixonado e inspirador. Se você acha que não pode "perder" 18 minutos de sua vida vendo esse vídeo, é porque merece perder esse tempo no trânsito.



Como você pode mudar o seu mundo?