Não o conheço pessoalmente, não sou amigo e acho Paralamos do Sucesso meio chato, mas resolvi escrever sobre Hermano Vianna por causa de uma entrevista que ele deu para a revista Trip, ainda no ano passado, contendo um insight que nunca saiu da minha cabeça.
Partindo do pressuposto que cada país, região, cidade, empresa, agência, ou seja lá o que for, deve focar seus esforços em produzir somente, ou principalmente, o que realmente sabe fazer (essa é uma tese clássica de economia que daria um blog só para discutí-la), para trocar pelos produtos e serviços que outros sabem fazer melhor, o que o Brasil deveria exportar?
Além de ser uma potência em agronegócios e mais um ou outro setor, Vianna diz que há algo que sabemos fazer como ninguém, mas não é tão bem explorado quanto poderia: FESTA!
Na minha recente viagem para Montevideo e Buenos Aires pude conferir que, no mínimo, temos fama de bons organizadores de festa. Não sei se somos um povo mais animado, se a nossa cerveja é mais gelada ou se nossas mulheres são mais bonitas, mas algo deve explicar o sucesso das festas brasileiras.
Não é por acaso que temos o carnaval mais animado e disputado do mundo, e que a Parada Gay de São Paulo bate recorde de público todo ano, é? Qualquer coisa, para o bem e para o mal, na mão de brasileiros vira festa. O problema é que não usamos isso para ganhar o mundo.
Darei um exemplo: a Oktoberfest é uma festa que nasceu lá em Munique, na Alemanha, e, por algum motivo, tem versões em praticamente qualquer cidade com colonização germânica acentuada mundo a fora. Uma das maiores Oktoberfests fora da Alemanha fica, óbvio, no Brasil, em Blumenau.
Isso prova duas coisas. Nós realmente sabemos fazer festa, mas quem sabe utilizar esse meio para exportar cultura, produtos e atrair turistas são os outros! Nós, que trabalhamos com marketing promocional, o que inclui eventos, temos uma certa obrigação de ajudar a mudar o placar desse jogo.
PS: escrevi um post complementar sobre esse assunto no meu blog pessoal, aqui.
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