quinta-feira, 2 de abril de 2009

A linguagem de cada um

Você é uma criança autista em Bangkok.
Em seu primeiro dia na escola você se assusta e sobe no parapeito da sacada do 3º andar.
Seus professores tentam resgatá-lo, mas sem sucesso.
Sua mãe aciona o corpo de bombeiros, e durante a ligação menciona que você é fã de super-heróis.
Pouco tempo depois, o Homem Aranha aparece e rouba a cena.
"O Homem Aranha está aqui para salvá-lo! Nenhum monstro poderá atacá-lo agora. Venha andando devagar em minha direção e tudo ficará bem".
Pronto. Agora você não corre mais perigo.



Essa é uma história real. E ela deveria ser uma lição importante para um planejador.
Se as pessoas que você pretende envolver só dão ouvidos ao Homem Aranha,
encarregue o próprio de passar sua mensagem.
Você está falando a mesma língua de seu público?
Caso não esteja, esforce-se para conhecê-la bem.
Mas não sejamos rasos.
A tarefa não é tão simples como "jovens falam 'irado'; caipiras falam 'uai'".
Pessoas são complexas.
Sua busca pelo conhecimento também deve ser.

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