sexta-feira, 9 de maio de 2008

O Guru do Varejo

Outro dia, postei aqui sobre o consumo nas classes baixas hoje (comprando loucamente) e daqui a um tempo (quando cessar a febre do “compra tudo”). Hoje, eu estava falando sobre isso, quando minha memória puxou o arquivo “Paco Underhill” pro desk mental. Putz! Como pude eu estar postando desde outubro no Promo Planners sem ter falado sobre o guru do varejo? Hora de reparar o erro então.

Em primeiro lugar, ele deveria ter entrado na listinha de livros bacanas, com seu Why We Buy (Vamos Às Compras).

Esse livro traça um perfil do consumidor formado por 20 anos de observação e análise do comportamento das pessoas na hora da compra.

O cara tem uma equipe que filma, anualmente, 20 mil horas de… pessoas comprando. Umas 60.000 pessoas comprando. Eles ficam lá analisando 60.000 pessoas chegando na gôndola e comprando, sabe lá o que é isso? Graças a este trabalho monótono, podemos estudar o movimento do consumidor e do mercado.

Seu cliente insiste em dizer que quem compra é sempre a dona-de-casa? Quando se está falando em PDV a palavra “consumidor” sempre aparece no feminino? Paco Underhill nele: "O homem não delega mais à mulher a tarefa de montar o guarda-roupa. E também freqüenta o supermercado porque passou a cultivar hobbies domésticos como cozinhar."

Seu cliente insiste em fazer uma ação em que, na gôndola, consumidor e produto interajam, se integrem, vivenciem momentos de amor enquanto uma promotora explica em detalhes todas as possibilidades de uso… Dá-lhe, Paco Debaixo-da-Montanha: "Quando a mulher não trabalhava, comprar era uma atividade social. Hoje, comprar é uma atividade encarada como obrigação, que rouba o que lhe é mais caro: tempo. Por isso os supermercados mudaram a disposição dos produtos nas gôndolas, para tornar a compra mais rápida."

Adorei o que ele falou em uma reportagem sobre a proliferação das grifes de luxo no Brasil: "Tem uma classe média que não é exatamente rica para morar numa casona e ter um Mercedes na garagem. Como querem aparentar um estilo de vida que não possuem, compram bolsas, roupas e óculos.“

Enfim... o trabalho dele é a base do nosso. Quando fui procurar a foto dele pra colocar aí em cima, por exemplo, achei essa tabelinha que, pelamordedeus, adorei isso:

Tabela: Site da Revista Época

Biba lá información, hermanos!

4 comentários:

Leandro Scalize disse...

Muito bom. Você sabe onde encontro esse livro em São Paulo?

Bjs

Anônimo disse...

Leandro, tem na livraria Cultura, ó:

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=299241&sid=20161002010331541567235925&k5=2A2F33B1&uid=

Bjs

andrea mello disse...

oi robi, encontrei essa matéria sobre consumidores na net: http://planetasustentavel.abril.uol.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_276889.shtml?pag=0

ainda não tive tempo de ler, mas pelo pouco que vi, acho que ela faz uma nova leitura sobre a ótica da sustentabilidade sobre o fenômeno classe C no país.

[hope u enjoy it]

Anônimo disse...

Legal mesmo, Dea, já separei aqui pra ler com calma (ai, diacho, que grandona! ahahahah)
Valeu
Beijo
: )