"Estou sentindo que estamos fazendo muita coisa, mas o número de impactos ainda é muito pequeno. Desse jeito é melhor pegar a verba e aplicar tudo em televisão".
Essa frase, proferida por um cliente, é a responsável por minha sexta-feira ser um pouco mais triste e penosa. Até quando veremos anunciantes com esse raciocínio quase primitivo? Onde estão as novas Coca-Cola, Nike, Adidas, Dove, Axe ou Kraft Foods?
Para piorar, o briefing era justamente a criação de uma campanha 360º. E fizemos exatamente isso, em parceria com a JWT. Não vou revelar o cliente e nem maiores detalhes sobre o job, pois seria anti-ético. Mas acreditem, atendemos o briefing integralmente.
Porém do que importa a experiência de marca, a abordagem em pontos de contato relevantes, as soluções inovadoras e o mesmo conceito presente em todas as ações de comunicação se a massa não vai ver a campanha? Onde estão as inserções nos reclames do plim-plim?
(Balão de pensamento: Olha, eu não sei se vocês chegaram a olhar o TGI que nos entregaram, com informações claras e detalhadas sobre seu consumidor. Caso não tenham visto, saibam que não estamos falando de um produto para a massa.)
Mas a situação ainda está indefinida. Vou esperar pelos próximos capítulos.
Você, que está lendo esse blog, provavelmente lê também muitos outros blogs e sites para se informar. E neles encontra um diálogo latente sobre novos caminhos para a propaganda, a importância da comunicação integrada e a mudança na relação das marcas com seus consumidores. Mas na prática, pelo menos aqui no Brasil, o que vemos é o velho pensamento instaurado pela escola da propaganda tradicional.
Por enquanto o que posso fazer é esperar as 18:00hs, para então me dirigir ao bar mais próximo e discutir essas questões com algum amigo aqui da agência. Enquanto discutimos por aqui, eles estão fazendo por lá...
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Sexta-feira triste e penosa
por
Gustavo Gontijo
às
14:04
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