Na última quinta, dia 22, estivemos Bruno, Gustavo e eu na Conferência do Grupo de Planejamento. Se você foi, pode compartilhar nossas impressões aqui e, se não conseguiu ir, pode ter um gostinho com nossos posts que começam em trêeees, doooois, uuuuum... agora!
Como em todo evento que se preze no mundo, teve boas, ótimas e péssimas palestras. Dividimos a lição de casa entre os promoplanners presentes e agora vou contar os melhores momentos retrospectiva 2007 de três delas:
Houve um burburinho quando Suzana Herculano-Houzel foi chamada ao palco. Quem já tinha acostumado com a idéia de que ouviríamos uma neurocientista ficou surpreso em ver que ela era jovem, falava bem, com bom humor. Que Nossa Senhora dos Planners não tenha registrado esse momento de preconceito que protagonizamos :)
Se você viu a bailarina que gira para os dois lados já pode ter uma idéia de que a coisa é mais interessante do que parece. Mas, não, não foi isso que ela mostrou para nós. Primeiro, ela mostrou um estudo que comprova o que concluímos toda vez que o Atendimento, a Criação, a assistente do Atendimento e nosso chefe ficam em volta de nós ao mesmo tempo falando cada um de um job: o ser humano só consegue prestar atenção em uma coisa de cada vez! O que fez lembrar do ótimo post do Marinho e de um dos princípios básicos da Direção de Arte: se você quiser chamar a atenção para várias coisas, não vai conseguir que prestem atenção em nada!
Em seguida, Suzana mostrou uma pesquisa que confrontava o modo de decisão do consumidor. Satisfação pós-compra versus compras feitas impulsivamente ou racionalmente. Conclusão: quando ele tem tempo de analisar o produto e, mais especificamente, quando ele pode dar uma volta, ir até ali e voltar para, então, decidir e efetuar a compra, a satisfação do consumidor com essa compra, depois de chegar em casa, é maior.
Ou seja: quando um cliente insistir em fazer um mini-evento com vendedores sedentos no pé dos convidados presentes para efetuar fast vendas, lembre-se da Suzana na hora de desenvolver/justificar sua proposta.
Aí entrou a parte mais interessante, na minha opinião: ao falar sobre como nosso cérebro entende o sistema de recompensa (você compra e gosta, então guarda isso na memória e volta a comprar), mostrou a seguinte experiência:
Consumidores foram colocados em frente a dois copos iguais contendo refrigerante (cola).
- Na primeira rodada, os dois copos não tinham nenhuma identificação. O cérebro dos consumidores não apresentou nenhuma reação específica ao beber o conteúdo de um ou de outro copo.
- Na segunda rodada, um dos copos trazia identificação: Pepsi. O resultado foi quase igual ao da rodada anterior.
- Agora, na terceira rodada, um dos copos estava identificado: Coca-Cola. E na mais maluca demonstração de que essa - e só essa - marca modifica a preferência, o cérebro dos consumidores reagiu quando o conteúdo do copo Coca-Cola foi ingerido. Os consumidores dessa rodada apontaram o copo Coca-Cola como o refrigerante que preferiram entre os dois.
Pois é. Só que em todos os copos sempre tinha Coca-Cola.
Ou seja: faz diferença, sim, para o cérebro, saber que o corpo vai receber Coca-Cola, mas não faz a menor diferença saber que vai receber Pepsi.
Jamais mencionarei em uma reunião com a Ambev, mas achei isso o máximo.
P.S.: o link que coloquei na bailarina é do site da própria Suzana.
sábado, 24 de novembro de 2007
Promoplanners na Conferência do GP - parte 1
por
Roberta Carusi
às
21:45
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