quinta-feira, 1 de novembro de 2007

divisão de classes

Atenção: esse post na verdade é, originalmente, um e-mail que eu enviei para a criação e o atendimento aqui da agência onde trabalho, a Aktuell, depois de um polêmico brainstorming onde travamos uma hora na questão "quem é esse cara AB?".

Certa vez mostrei esse e-mail para outro colega planejador que sugeriu que, de tão fundamental, deveria ser publicado em um blog. Isso aconteceu há meses atrás, antes da criação desse blog. Ontem estava revirando e-mails antigos e achei que não haveria melhor lugar para isso do que o PromoPlanners.

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Amigos e amigas do meu Brasil,

Em brainstormings feitos aqui é bastante comum tomarmos contato com pesquisas que trazem critérios sócio-econômicos (exemplo: 54% do consumo do produto X é feito por mulheres das casses A e B).

Até aí tudo bem. O problema é que muitas vezes há um distanciamento do que entendemos por classe A, B, C etc. e do que essas coisas realmente significam.

Muitas vezes imaginamos classe AB como pessoas muito ricas, cultas, diferenciadas etc., mas nem sempre isso corresponde à realidade das estatísticas.

A maioria desses dados que chegam até nós são construídos sobre o que é chamado de "Critério Brasil", ou seja, uma série de critérios muito objetivos que determinam em qual esfera sócio-econômica um indivíduo se encontra.

Como o Brasil é muito grande e comporta diversas realidades dentro de si, esses critérios costumam ser muito básicos mesmos. Só para vocês terem uma idéia a classificação máxima para o grau de instrução de um chefe de família é superior completo. Em outras palavras, dentro desse critério tanto faz se você se formou numa faculdade meia-boca ou é PHD...dá na mesma!

E porque eu estou insistindo nesse ponto? Para "baixarmos a bola". Por isso vou propor uma regrinha:

- Para produtos de consumo em massa, quando o cliente ou qualquer outra pessoa falar AB geralmente está se referindo à classes A e B dentro do critério Brasil, ou seja, é gente mais comum do que imaginamos. Há muitas empregadas domésticas que são B e muitas vezes nós, que nos consideramos B, somos A.

- Para produtos de luxo ou nicho, quando o cliente falar AB aí sim podemos adotar o critério do nosso senso comum.

Vocês podem acessar esse link para entender melhor como é feito esse critério.

2 comentários:

Marinho disse...

Scartozzoni, por falar em estatísticas, vale a piada: num grupo de sete mulheres, uma estando grávida de sete meses, estatisticamente, conciserando a média, todas estão com um mês de gravidez.

Roberta Carusi disse...

E eu uso esse argumento até hoje com a Produção e o Atendimento... mas, em sua maioria, não entendem. Ah ah ah Ok, momento a piada da piada, não resisti...