sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Alternativas diante do Cliente

Quantas vezes você viu uma ótima idéia sua ser rejeitada porque o Cliente queria "to play safe"?
Quantas vezes o Cliente nem quis ouvir o que você tinha pra dizer sobre branding e estratégia porque "isso quem faz é a agência de propaganda"?

Diante de situações assim, creio que temos 2 alternativas – e só.

Alternativa 1: acatar o aceninho de "deixa pra lá" do Atendimento diante de um cidadão que está sem entender o porquê de você ter levado um plano de ações com fases, sendo que ele quer acabar com o estoque encalhado até semana que vem;

Alternativa 2: dominar sua área o suficiente para conseguir fazer o cara ouvir.

Ao longo dos últimos 15 anos, venho buscando formas cada vez mais eficientes para fazer o cara ouvir. E concluí que:

- Com raras exceções, o cliente está buscando a idéia que aparente ter menor potencial de rejeição. E você não pode falar isso para ele.

- Esqueça aquele papo de que você é inteligente. Se você não souber o que fazer com sua inteligência, se você não for criativo, você não é um bom planejador.

- Referências, referências, updates, updates, mente aberta, mente aberta. Ignore o senso comum e tenha uma quantidade de informação suficiente – e adequadamente filtrada – que permita a você dominar o assunto e debater sem ser teimoso com o cliente. É ele quem está pagando, ele precisa sentir firmeza em você antes de pensar em te entregar o dinheiro dele. Seja flexível. Não, não são coisas contraditórias.

- Lembre-se de que a ação que você está criando não é para você e, sim, para o público-alvo do seu produto. Mas nunca se esqueça de usar sua experiência como consumidor para se colocar no lugar dele. Mas lembre-se de que a ação não é para você...

- Ignore a parte do briefing que cita qual é o problema até que você tenha analisado a coisa toda o suficiente para saber qual é o problema que existe, não aquele que o cliente acha que existe.

- Em Promoção, pense como planejador, fale como criador. Cabeça de planner com mão de redator. Esse é, na minha opinião, o profissional que as agências estão procurando agora – e procurarão cada vez mais nos próximos anos.

- E reze para que seus clientes tenham uma postura mais agressiva e mais de meia hora de carreira. Reze muito.

Um comentário:

Marinho disse...

Robi, você estea ficando mesmo insupereavel no papel de GPS humano.Esse seu post vale por um Gui-rápido de como conviver (e mesmo superar) os entraves entre o pensar estratégico e o quere tático do cliente.