terça-feira, 21 de outubro de 2008

Crise, que crise?




Provavelmente esta é a última vez que volto (seria mais adequado dizer insisto) ao tema da crise tentando vê-la pelo viés do marketing promocional. É simplesmente impossível para mim (e parece-me que para os analistas também) concluir seja lá o que for do comportamento dos mercados.

Enquanto a imprensa fala em medidas de restrição ao crédito, como conseqüência do abalo sísmico nas finanças internacionais, os veículos de comunicação são inundados por propaganda do setor automobilístico oferecendo todo tipo de facilidade de crédito. Todas as marcas, sem exceção, têm ofertas generosas para o consumidor pôr as mãos num carro zero: juros de 0,99%, juros zero, entrada para fevereiro, etc.


As lojas de varejo não ficaram atrás e o mercado imobiliário idem. Este, por sua vez, declarou-se com excelente liquidez e com um bom estoque de imóveis e terrenos para agüentar por bom tempo o rigor de um inverno no mercado.

Por via das dúvidas, já há empresários de olho na bolsa da viúva, pleiteando dinheiro subsidiado do governo para suportar o impacto da tsunami, que, por enquanto, como previu nosso presidente, não tem passado de uma marolinha.

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