quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Quadro sem moldura

Recebi o e-mail que reproduzo abaixo integralmente, menos pela experiência em si, com resultados óbvios, mas pela reflexão que o case suscita. O texto é de Márcio Bindo, publicado na revista Vida Simples.
Vamos ao e-mail:


Quando o luxo vem sem etiqueta..
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O cara desce na estação do metrô de NY vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.


Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.


Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.


A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.

Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.


Bem, pessoalmente estou convencido que nós somos nós e a nossa circunstância, o que demonstra esse caso do violinista. Joshua Bell e sua música existem independentemente do local onde ocorram, mas só são percebidos como tal nas circunstâncias que permitam que isso se revele.



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