quarta-feira, 30 de julho de 2008

Caixinha SIM. Esmola NÃO.

Desde que comecei a trabalhar cultivo o hábito de dar caixinha e de nunca dar esmolas. Sou fiel a esta minha personal campanha de incentivo.
Garçons, frentistas, taxistas e outros prestadores de serviço merecem um reconhecimento pelo trabalho bem feito.
Quem merece aquelas moedas jogadas no console do seu carro? A criança que está sendo explorada por um adulto ou o frentista que calibrou seu pneu e completou a água do seu carro?
Esmola estimula a “vagabundice”, o pedir por pedir. Se ninguém der esmola, somem os pedintes. Se todo mundo der caixinha, os serviços melhoram. Nos EUA as “tips” são uma instituição, um reconhecimento merecido ao serviço bem prestado.
Escrevo isso pois ontem no Pão de Açúcar vi uma senhora ter suas compras cuidadosamente empacotadas e levadas até o seu carro por um menino do supermercado e não deu sequer um obrigado ao garoto. Porém, antes de entrar no carro, despejou uma dezena de moedas nas mãos de um mendigo do lado de fora do estacionamento. Revoltante.
Faça sua parte, valorize quem trabalha e rala o dia inteiro para viver com dignidade.
Caixinha SIM. Esmola NÃO.

2 comentários:

Gustavo Gontijo disse...

Acho que hoje em dia a campanha "Caixinha SIM. Esmola NÃO." está cada vez mais sendo aplicada no marketing promocional.

Vocês podem achar que estou viajando, mas não é melhor criarmos mecânicas promocionas que premiam os consumidores mais ativos, participativos e que venceram algum desafio?

Entre iPod no Palito e a promoção do Prison Break (4 posts abaixo), fico com a segunda opção.

Uma é uma releitura - muito criativa e inteligente - do vale-brinde (esmola). A outra premia as pessoas que mais participaram e fizeram o melhor trabalho (caixinha).

Só vamos guardar as devidas proporções, senão eu vou parecer louco.

(É que eu não lembrei de nenhum grande promoção com mecânica desafiadora... alguém?)

Marinho disse...

As observações do Gontijo no comentário acima merecem uma reflexão. De uma forma geral a lógica franciscana ("é dando que se recebe") das ações de promoção de vendas sempre me incomodaram, embora isso seja só um sentimento.