Há algum tempo venho percebendo um movimento interessante em nosso mercado. Está cada vez mais comum pessoas de fora do mundo da comunicação se interessarem pela profissão de planejamento. Nos últimos meses uns 3 amigos, conhecidos e afins vieram me perguntar mais sobre o que eu faço e como eles poderiam também subir nesse barco.
Parte disso deve decorrer da crescente importância e reconhecimento da profissão nas mais variadas agências (inclusive as de marketing promocional), que gradualmente vão expandindo ou mesmo criando seus departamentos de planejamento. Como o planejamento "nasceu ontem" no Brasil (principalmente no marketing promocional), a quantidade de profissionais com alguma formação e experiência é menor do que o número de vagas, e aí as agências acabam abrindo portas para pessoas com interesse em aprender.
Abro um pequeno parênteses. Eu mesmo sou filho de um desses casos. Me formei em Administração Pública (?), passei os 2 primeiros anos da minha vida pós-formado como trainee de uma multinacional (!), e só então caí (totalmente de paraquedas, assumo) na área de planejamento de uma agência. Era tudo que eu queria fazer, e nem sabia! Não que ter me tornado planejamento tenha saciado todas as minhas ambições profissionais e pessoais, mas é fato que, olhando para trás e vendo as coisas que eu gostava de fazer quando criança, estava na cara que eu tinha nascido pra isso. Isso não quer dizer que eu seja o melhor planejador do mundo, só que eu gosto do que faço, o que já faz uma grande diferença. Fecho parênteses.
Voltando aos outros casos, fiquei um dia desses pensando no motivo pelo qual o planejamento parece estar seduzindo cada vez mais gente. Talvez eu venda bem a profissão, já que gosto do que faço, mas não é só isso. Quando conto para as pessoas leigas o que faz um planejador uma reação muito comum é: "Ah, então essa é a criação de verdade né?".
Não é a toa que muitos analistas e sociólogos elegem como dois dos pilares dessa época na qual vivemos o design e a criatividade. Antes restrito para determinados nichos, de repente esses elementos entraram para o mainstream e agora qualquer um, principalmente planejadores, pode dar palpite em algo que era domínio de redatores e diretores de arte.
O grande lance, na minha opinião, é que a criatividade das sacadinhas e do visual exigiam conhecimentos técnicos que a maioria das pessoas não possui. Já o posicionamento de uma marca, a solução para uma ação promocional e o "raciocínio por trás" de um conceito são coisas mais próximas das vidas das pessoas, ou seja, qualquer um se sente capaz de fazer isso.
ATENÇÃO: Se sentir capaz não significa ser capaz, de jeito nenhum! Se você pensa o contrário leia esse post da Roberta! Para se tornar um bom planejador é necessário bom senso, capacidade de assumir outros pontos de vista, conhecimento em comunicação, marketing, sociologia, filosofia e cultura pop em geral, além de bastante experiência. Ah, falar inglês é pré-requisito (quem não fala inglês tem um acesso muito restrito às informações que circulam por aí).
Quer ser planejador? Você acha que tem jeito pra coisa? Se imagina fazendo isso por um bom tempo? Tem vontade de aprender? Gosta de ler? Tem facilidade em interpretar coisas e assumir outros pontos de vista que não o seu? Então vá atrás dos seus sonhos porque é possível sim, e o momento do mercado é bastante propício. Converse com pessoas da área (nós Promo Planners estamos aqui também para isso), se informe, leia blogs e site pertinentes (indicamos vários na barra lateral) e seja cara de pau. Que dá, dá. Só depende de você (momento Lair Ribeiro).
quarta-feira, 5 de março de 2008
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