A campanha de Obama foi um belo case de estratégia de 360º com o emprego, pela primeira vez numa campanha eleitoral, dos recursos da web não como extrato das mídias convencionais, mas como um canal above e below the line, planejado para ser protagonista.
Brended content, geração de conteúdo pelo público, virais e tudo o mais que a web.2 possibilita foram de alguma forma usados na campanha. Com isso, mais do que apenas se utilizar de um novo canal, a comunicação ajustou sua freqüência a um outro nível, falando diretamente a um novo público e falando de forma diferente a um público já calejado em promessas eleitorais.
O postulado de McLuhan se fez sentir novamente e o meio, a web, tornou-se também a mensagem, abraçada com espontaneidade principalmente pelo público jovem que, neste ano, compareceu maciça e entusiasticamente à confusa e demorada votação americana.
Cerca de 50% das doações recebidas pelo comitê de Obama, coisa por volta dos US$ 300 milhões, foram de pessoas físicas (lá é permitido), no valor médio de US$ 500 por doador. E quem possibilitou essa passagem de chapéu em todo o território americano de forma simples, rápida e direta? A internet.
A esperança de mudança liderada por Obama pode até morrer na praia da retórica política (espero que não), mas uma grande coisa já não será mais como antes daqui para a frente: a forma de se comunicar com eleitores.
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