quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Obam@



A impensada vitória de um candidato negro às eleições presidenciais nos Estados Unidos certamente será atribuída a um zilhão de causas, não devendo faltar, entre elas, alguma citação das Centúrias de Nostradamus, como sempre, prevendo esse momento importante no caminhar da humanidade. Assim sendo, nada mais oportuno do que usar este espaço no Promoplanners para observá-la do ponto de vista da comunicação do marketing.

A campanha de Obama foi um belo case de estratégia de 360º com o emprego, pela primeira vez numa campanha eleitoral, dos recursos da web não como extrato das mídias convencionais, mas como um canal above e below the line, planejado para ser protagonista.


Brended content, geração de conteúdo pelo público, virais e tudo o mais que a web.2 possibilita foram de alguma forma usados na campanha. Com isso, mais do que apenas se utilizar de um novo canal, a comunicação ajustou sua freqüência a um outro nível, falando diretamente a um novo público e falando de forma diferente a um público já calejado em promessas eleitorais.


O postulado de McLuhan se fez sentir novamente e o meio, a web, tornou-se também a mensagem, abraçada com espontaneidade principalmente pelo público jovem que, neste ano, compareceu maciça e entusiasticamente à confusa e demorada votação americana.


Cerca de 50% das doações recebidas pelo comitê de Obama, coisa por volta dos US$ 300 milhões, foram de pessoas físicas (lá é permitido), no valor médio de US$ 500 por doador. E quem possibilitou essa passagem de chapéu em todo o território americano de forma simples, rápida e direta? A internet.


A esperança de mudança liderada por Obama pode até morrer na praia da retórica política (espero que não), mas uma grande coisa já não será mais como antes daqui para a frente: a forma de se comunicar com eleitores.

Nenhum comentário: