quinta-feira, 28 de agosto de 2008
A prova do fluxograma
Nada melhor para explicar a mecânica promocional do que um chart com um grafismo representando o fluxo da ação. Com alguns círculos, outro tanto de quadrados, algumas vinhetas e flechas direcionais, conseguimos dar uma visão geral de como será a campanha.
Outro dia, tentando esquematizar num fluxograma a mecânica de um projeto promocional, senti muita dificuldade em desenhar de forma objetiva cada passo da ação. Risca, apaga, flechinha pra lá, flechinha pra cá, põe círculo, tira quadrado e nada de chegar a um resultado satisfatório.
Continuei tentando até me dar por vencido e considerar como satisfatório um esquema gráfico que lembrava a esquematização tática de uma partida de esporte. Pedi para o diretor de arte colocar algum talento nos meus garranchos e fui cuidar de outro job.
Mas algo estava me incomodando, como casquinha de milho de pipoca no dente. Fiquei com a sensação de dever não cumprido. No fundo, julgava que ainda poderia melhorar o tal do chart.
Foi nesse ponto que percebi que não iria conseguir arrumar no esquema gráfico o que já estava torto em sua essência. Ou seja, a mecânica era confusa, com seqüências não-lógicas ou pouco fluidas. Por essa razão, os fluxos iam, vinham e se interpunham sem racionalidade, embora, uma vez desembaraçado o novelo, se encontraria o fio da meada.
Ficou daí uma lição: se você não conseguir colocar uma mecânica dentro de um esquema gráfico claro e de fluxo coerente, seu projeto já está errando na origem. Dê um ou mais passos atrás e reestruture a mecânica. Talvez ela tenha etapas demais ou transite por canais desnecessários. Não esqueça que toda boa mecânica é, antes de tudo, simples. Só isso.
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