Um alemão maluco chamado Julius von Bismarck (o cara aí em cima) desenvolveu um dispositivo batizado de Image Fulgurator, cuja principal característica é invadir fotografias alheias. Trocando em miúdos, você consegue inserir uma mensagem na fotografia de um cidadão que esteja captando momentos felizes em família. Sem ele saber disso.
Como? Busquei em muitos lugares para descobrir como a engenhoca funciona e encontrei aqui a melhor resposta, que reproduzirei na íntegra:
"...ele colocou um flash dentro do corpo de uma câmera normal, que serve para projetar um slide colocado dentro do aparelho. Além disso ele instalou um sensor de luz, daqueles que os fotógrafos usam para fotografar raios, que dispara quando detecta claridade repentina.
Funciona assim: enquanto alguém na rua está tirando uma foto, o Image Fulgurator detecta quando o flash dispara e projeta uma imagem por cima da foto que a pessoa está tirando. Como a coisa acontece numa fração de segundo, a “vítima” só percebe quando vai ver a foto que foi tirada e percebe que ela tem algo a mais…"
Muita gente deve estar pensando que essa seria uma excelente ferramenta de guerrilha, mas tenho minhas dúvidas quanto a isso. Na minha opinião esse é um dispositivo tão invasivo que certamente iria deixar as pessoas impactadas p*@$ da vida.
É como se fosse um spam fotográfico, mesmo porque seria impossível implementar qualquer tipo de mecanismo opt-in. Imagine só o que aconteceria com a imagem de uma marca ao estragar aquela linda fotografia que a pessoa acabou de tirar? Muito inoportuno, não acham?
Por isso mesmo eu não recomendaria algo assim em nenhum de meus planos.
De qualquer forma resolvi escrever sobre o assunto porque esse é um excelente exemplo de ferramenta que não deveria ser incorporada pela comunicação, em uma época onde o mercado tende a entrar na onda de qualquer novidade, utilizando-as a esmo apenas para transmitir a sensação de inovação (essa maldita palavra que nos persegue, estampada em todos os briefs).
Mas quem duvida que em pouco tempo alguém vai implementar (ou ao menos sugerir) uma ação que utiliza essa ferramenta? Alguém acha que pode dar certo? Em que casos?
Para ajudá-los a responder essas questões, assistam abaixo um vídeo que mostra o dispositivo em funcionamento:
Quem arriscaria?
2 comentários:
Fala Gustavo.
Bom, esse dispositivo é bem legal, e como você disse pode deixar as pessoas 'p' da vida.
Mas eu acho que dependendo de como isso for feito, o marketing de invasão pode ser algo bem funcional e interessante.
Quer ver? Pegando o exemplo do vídeo, imagine um painel escrito: "tire uma foto deste painel e veja uma mensagem subliminar." Aí quando a pessoa tira pode estar a url de um site.
Isso é só um exemplo tosco de algumas possibilidades que teriam um efeito positivo, em relação ao marketing de invasão.
Será que funciona com câmeras de celular também?
;)
Abs
Bruno, dessa forma pode até dar certo. Mas isso porque aí seria uma espécie de opt-in. O cara sabe que vai ver algo na foto, e aí deixa de ser invasivo.
Abraços,
Gustavo Gontijo
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