sexta-feira, 25 de julho de 2008

Concursos. Uma modalidade em extinção?

Uma das ferramentas que, ao menos no Brasil, está na gênese do marketing promocional é a promoção de vendas. Obviamente que toda ação de marketing, se não for necessariamente de venda, será certamente para a venda. Por convenção, porém, a expressão promoção de venda tornou-se específica para identificar as ações que levam a mão do consumidor ao produto instantaneamente.

Já vi, e mesmo participei, de algumas campanhas dessa categoria que geraram aumentos guinesnianos de vendas. Todas elas versões mais ou menos sofisticadas de sorteios popularizados por programas de auditórios. As montanhas de cartas agitadas por promotoras, as roletas, os cupons numerados, como rifas, eram presença típica nesse cenário que ainda persiste, mas, a meu ver, cada vez mais esporádico.

Tenho observado que a internet e o SMS estão levando à extinção as mecânicas com cartas e os conseqüentes sorteios na TV, o que torna essas campanhas menos visíveis. De qualquer forma, esse recurso dá sinais de esgotamento por, entre outros motivos, não atender às necessidades estratégicas de branding e deixar de ser agente impulsionador em categorias nas quais o peso da marca se mostra decisivo (bens duráveis e semiduráveis são as mais expressivas). Eu incluiria nesse balaio os produtos de categorias de baixo awareness, mas isso estenderia este post além do recomendado para o meio, embora possa voltar ao assunto em outra ocasião.

Sinal dos tempos, nos grandes fóruns e espaços nos quais o marketing promocional e sua vanguarda estão sendo discutidos e exercitados (vide Cannes e os eventos da categoria), a promoção de vendas está fora, tanto mais porque não se consegue produzir ações que se destaquem da paisagem.

Estará, portanto, a promoção de vendas caminhando para a extinção? É possível um revival incorporando as novas tecnologias? Ficam lançadas as questões.

Nota: evidentemente, aqui tratei genericamente por promoção de vendas as mecânicas vinculadas a concursos. Outras modalidades como vale-brinde (iPod no Palito) e comprou-ganhou (Coca-Cola, McDonald’s) continuam firmes e renovando-se.

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