segunda-feira, 31 de março de 2008

De Job em Job

Já quebramos o gelo com a ficha de emprego do maluco que foi procurar emprego no Mc Donalds, então vamos logo falar do que interessa: o SEU novo emprego. Não tenho a pretensão de escrever uma série "trago seu emprego em 7 dias", porque não sou a cigana do trabalho mas, depois de 15 anos no mercado, de ter pedido muitos empregos, de ter sido aceita em alguns e recusada em outros, depois de ter entrevistado gente com e sem noção, e não ter mais tempo para chegar na página 2 de um curriculum que começa mal, acho que posso ser útil a você, que está no começo de carreira, animado com o Banco de Curriculuns que montamos e procura subir na carreira de promo planner sem ter um irmão dono de agência.

Pois bem: passo 1. Qual é o seu objetivo?
E, veja: não vale dizer que é sair do seu atual emprego.
Isso lá é objetivo? Isso é consequência, caso o que você quer pra sua carreira não seja o que tem atualmente.

Também não vale ter múltiplos objetivos. "Objetivo: Atendimento, Produção, Planejamento ou Criação". Eu não contrataria pra nenhum dos 4, essa pessoa não sabe o que quer. Você tem que saber onde quer chegar pra poder achar o caminho.

No que você quer trabalhar? Em que tipo de agência? Fazendo o quê? Qual é seu ponto forte? Com que tipo de chefe? E de estrutura? Aproveite que você não tem uma família de 6 pra sustentar e ouse, se for preciso. Eu já saí pra ganhar menos e considero que foi um investimento, porque fui para uma agência de maior projeção. Aprendi mais e não me arrependo.

Salário não pode ser critério único. Nem localização, for the love of God! O objetivo é ganhar mais? Por quê? Não vale dizer que é porque você quer casar, mudar ou comprar um carro. Tem que ser porque você anda exercendo um trabalho melhor do que o que vem sendo reconhecido. E antes de sair, vale pedir um aumento. O máximo que vai acontecer é não conseguir, concorda? Às vezes vale a pena. Mas tem que haver um motivo certo. E qual chefe dá aumento porque você quer comprar um carro?

Então, passo 0: torne-se indispensável. Onde você está ou pra onde vai. Só assim se tem liberdade de escolha. Não adianta só você achar que é bom.

Fique consciente de suas qualidades, pra vender melhor seu peixe nas entrevistas.
E como você pode ter total consciência, com o pé no chão, sem auto-imagem distorcida, da qualidade do seu trabalho?
Fazendo um portfólio.
Que serve para que as outras pessoas também tenham muito mais noção do nível de profissional que você é.

Passo 2, portanto: Fazer um bom portfólio.
10% das pessoas que enviaram seu CV pro Banco de Curriculuns têm portfólio montado. É muito pouco. E faz TODA a diferença na hora em que envio para as agências. Sim, promo planner tem portfólio! E um que funcione, nada de portfólio só pra inglês ver. Ué, Robi, mas não chama Banco de Curriculuns? Pois é. Eu, por exemplo, não tenho curriculum há anos. Tenho portfólio e, no meu, os dados de curriculum que achei importantes estão lá, logo de cara, mas fazendo só uma participação especial.

No próximo post do De Job em Job, eu conto como você pode fazer um portfólio bacana.
Vai pensando aí em como pode ser o seu. Fique ligado.

UPDATE: A [dea] lembrou bem aí nos comments, o blog do GP postou a parte 4 da série "Cartas de uma Jovem Planejadora" em que ela fala, justamente, que planner tem, sim, que ter portfólio.

3 comentários:

andrea mello disse...

o post de hj do gp está super alinhado com o seu e acho que já serve de dica e incentivo para quem vai começar a montar um portfolio promo plânico: http://grupodeplanejamento.typepad.com/v1/2008/03/cartas-de-uma-4.html#more

Caldinas disse...

Muito legal isso que você está fazendo!

Anônimo disse...

"Muito legal isso que você está fazendo!"... 1 de abril.
Hmmm... devo acreditar? ahahaha