quinta-feira, 18 de junho de 2009

Realidade pré-ampliada


Quando o mercado de videogame ainda estava definindo um padrão, embora já houvesse um claro domínio do Atari, diferentes plataformas conviviam, algumas até muito mais interessantes que essa.

Com o objetivo de atender às solicitações de meu filho por um videogame, procurei unir o agradável ao útil, buscando uma solução que, além de divertir, trouxesse algum benefício educacional. Para minha surpresa, ela existia, era um produto da Philips, o Odissey, que tinha uma característica peculiar: possibilitava um certo nível de interação entre o jogador e o jogo.

No Odissey, através de um teclado, era possível “customizar” alguns jogos como o Pac Man, por exemplo, no qual se podia redesenhar livremente o labirinto onde o bichinho e os monstros agiam.

Uma outra característica do Odissey, que eu admirava, nada tinha de tecnológico: eram os jogos que combinavam a ação na tela do monitor com a progressão do jogo em tabuleiros, como War, Banco Imobiliário e outros no gênero. Havia um jogo do Senhor dos Anéis, em particular, em que essa convivência entre o virtual e o real era o seu maior apelo.

Os jogos que tinham tabuleiros por plataforma possibilitavam a convivência entre os jogadores, coisa que o videogame à la Atari não permitia. Essa experiência acabei levando para o mundo promocional ao fazer uma adaptação do War como dinâmica numa convenção para uma seguradora: os “combates” eram travados no computador e o “teatro” de guerra, realizado num tabuleiro cenográfico gigantesco.

Agora vejo que isso está sendo recuperado, através das soluções de realidade aumentada, com seus “tabuleiros” 3D e animados, incorporando, obviamente, a magia que a tecnologia atual permite e a falta de recursos de antes compensava com a imaginação.

Vejo na realidade aumentada uma nova fonte de recursos para ações de marketing promocional ao “tirar” o virtual da tela de um monitor ou, ainda, ao fazer uma ponte entre o universo do écran e o tampo da mesa na sala de jantar, onde famílias ou tribos estarão reunidas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Marinho, não sei se o meu saudosismo foi maior por rever o meu querido Odissey ou por ter depois de tanto tempo, de novo, me surpreendido com uma associação que eu jamais teria feito vinda de você ehehhe

Forte e saudoso abraço,
Ovo

Marinho disse...

Muito bom esse ponto em comum: o Odissey. Se você for ver bem as coisas estão todas aí, criar é muito mais um ato de promover casamentos.