sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Inclusão promocional


O jornal Metro de 3 de outubro publicou a seguinte nota: “Daqui a sete anos, em 2015, o Brasil vai ter uma empresa para cada 24 habitantes. Isso representa um universo de 9 milhões de pequenos negócios para uma população de cerca de 220 milhões de pessoas. Os dados são da pesquisa Cenários para as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), do Sebrae. Em 2015, 55% dos pequenos negócios serão concentrados no comércio. A área de serviços vai responder por 34% das MPEs e a indústria por 11%.”

Obviamente, esses 9 milhões de pequenos negócios deverão abranger um universo inimaginável de tipos de empreendimento. Estarão aí de tudo. Desde o chaveiro, o produtor de vassouras, a rotisserie inventada por uma dona de casa que se descobriu empreendedora até negócios de maior envergadura, desenvolvidos a partir sabe-se lá de que oportunidades, os próximos sete anos trarão.


Se 10% dessas empresas envolverem negócios que demandem ações de marketing, estaremos falando de um mercado com quase um milhão de possíveis clientes.
Sei que a leitura das estatísticas às vezes funciona como os oráculos: dizem aquilo que desejamos ouvir e esse potencial pode não se realizar. Mas podemos especular.

Quando a Veja criou seu suplemento regional, que aqui em São Paulo chamamos de “Vejinha”, ela conseguiu realizar uma “inclusão publicitária”, viabilizando a comunicação de uma série de pequenos e microclientes que jamais teriam condições de estar presentes num veículo com uma marca de peso. E a coisa deu tão certo que nos períodos de lombada magra da Vejona, a Vejinha se mantém bem robusta.


Mesmo que minha análise peque pelo otimismo, acredito que haja um potencial não explorado de atração de clientes para o mercado promocional que pode se mostrar muito mais eficiente para construir marcas locais que a propaganda. Nesse sentido, acho que a web ainda tem muito a oferecer.


Naturalmente, as atuais estruturas das agências de marketing promocional não são adequadas para atender a esse mercado e precisariam reinventar seu negócio sem mudar de perfil (Veja continua sendo o exemplo). Aí pode estar uma saída para a inclusão de novos clientes, diminuindo a dependência das grandes marcas. O que seria muito bom em tempos de crise.

2 comentários:

Anônimo disse...

Marinho, tenho visto seus últimos posts e, apesar da falta de comentário nos anteriores, gostaria de parabenizá-lo.
O mais bacana desses posts é que ao mostrar aos meus amigos anti-marketeiros, eles ficam pasmos! rs

um abraço

Marinho disse...

Legal, Fábio. Como não sou um updater, procuro trabalhar o conteúdo dos post de forma a suscitar reflexões sobre o nosso fazer promocional. Ficou feliz em saber que esses comentários têm eco.