terça-feira, 4 de março de 2008

Música é prêmio?






A nova edição da promoção
Pepsi Stuff, que usa códigos nas tampinhas como moeda para compras no site da promoção em parceria com a Amazon e entre os prêmios para serem comprados, oferece mais de 100.000.000, isso mesmo cem milhões, de downloads de música.

Vendo essa promo, me surgiu uma questão: será que música é prêmio?

Qual o planejamento ou criativo que não sugeriu ao menos um vez como prêmio o download de músicas?

Prêmio precisa ter algum tipo de valor para estimular a participação, alguma relevância para despertar desejo e principalmente, exclusividade.
Em teoria, download de música é um prêmio voltado para o público jovem. Ou seja, usuários de P2P, torrent, rapidshare e outros meios fáceis de download de música.

Por que razão o “feliz ganhador” entraria em um site, forneceria seus dados, digitaria o código da embalagem e esperaria pelo download de uma música?
A não ser que seja um lançamento, de uma banda muito conhecida e desejada. Mas logo após o primeiro download, o arquivo já está na mão do usuário e ele pode e vai compartilhar à vontade e seu prêmio perde o valor.

Com certeza você já pensou no aspecto legal do download. Mas ser legal (dentro da lei) não torna um prêmio legal (cool). Talvez nos EUA ou na Europa isso ainda tenha algum valor, mas por aqui ninguém dá bola para isso. E pelo visto por lá, essa valor vai desparecer. O guru Chris Anderson, aquele da cauda longa, já apresenta há algum tempo a teoria FREE, que dá titulo ao seu novo livro, que basicamente inverte o mercado como conhecemos hoje. O que é pago será grátis e o que é grátis será pago. Se música, hoje, ainda é um produto pago, em breve ela será gratuita. E legal (dentro da lei).

Para mim, download de música não é prêmio. E para você?

2 comentários:

Anônimo disse...

Eta! Gostei disso...

Marinho disse...

Concordo com o raciocínio. Se houvesse algo especial, exclusivo nas músicas ainda poderia ter algum valor, embora acabasse sendo possível obter o gift por cópia, sem a necessidade de consumir o produto.
Quanto ao mercado de música, o que a web acabou revelando é que este mercado viva de vender cópias. Quando isso ficou acessível a qualquer mortal, o mercado acabou. Eles terão que se reinventar e não será mudando a mídia em que a cópia é vendida.