terça-feira, 30 de novembro de 2010

Facão é o escambau



Aproveitando a mini-polêmica de ontem no GP10, e ainda surfando na onda das metáforas do planejamento, o briefing pode até ser um matagal, mas só um amador ou um capiau se aventura por lá sem nenhum preparo.

Minha experiência como off-roader me ensinou que para enfrentar um matagal você deve:

  • Obter o maior número de informações sobre o local antes de iniciar a viagem.
  • Conversar com pessoas que já estiveram lá ou em lugares parecidos.
  • Utilizar desde uma mapa simples até o mais sofisticado GPS.
  • Levar água, comida e suprimentos para passar mais tempo do que o previsto.
  • Nunca, mas nunca mesmo encarar uma aventura dessas sozinho.

Só depois de tudo preparado , você leva os escoteiros-mirins para matagal e começa sua viagem.

Com as informações e os instrumentos corretos, você decide se a galera que vem atrás de você precisa de uma picada, de uma estrada, de um cipó, de agente laranja ou se na verdade, desse mato não sai coelho.

o titulo do post veio de um tweet do @ddtomazo durante o GP10

post editado e corrigido com a ajuda do, do, de quem mesmo?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eu não nasci planejamento.


Acho que atualmente, uma boa parte dos planners em atividade no nosso mercado vieram de outras áreas.

São atendimentos que evoluíram, criativos que criaram juízo, produtores com visão além do alcance e até ex-clientes que se encantaram com o pseudo-glamour e a liberdade do trabalho em agências.

Eu mesmo comecei como arte-finalista. De tanto mexer nos textos da redatora na hora de diagramar, fui “rebaixado” para estagiário na criação e em pouco tempo virei redator.

Como redator, muito mais do que criatividade o que me movia era a inquietude, a vontade de fazer mais.

Das idéias e textos de peça, surgiram as defesas de conceitos, das defesas vieram os primeiros ppts (blargh). Tudo sempre no modelo do retro-planejamento. Criar primeiro e depois justificar.

Isso tudo aconteceu no começo da década de 90, quando agências de BTL nem sonhavam com um profissional ou um departamento de planejamento.

Por isso mesmo, surgiu a figura do redator/planner, aquele que criava e justificava. Modelo ainda usado em algumas agências.

Não tenho vergonha de ter sido redator/planner por muito tempo e em muitas agencias. Era uma questão de sobrevivência do trabalho. Ou se fazia isso ou um atendimento incompetente poria tudo a perder na frente do cliente.

Nestes 17 anos de carreira já fui só redator, já fui só planner, já fui até diretor de criação.

Hoje sou 100% planner, formado por todas as experiências que tive em agências e com clientes. Flexível, inquieto mas acima de tudo comprometido com o sucesso do trabalho.

Por isso mesmo, não entendo o radicalismo de alguns planners mais jovens que insistem em seguir modelos prontos e engessados de como deve ser um planner e seu departamento.

“Planner não faz isso, planner não faz aquilo, planner não cria, planner não organiza, planner não faz ppt (blargh de novo)”.

Planner faz o que o job e a marca pedem. Se para o sucesso do job é necessário organizar algumas informações, organize.

Se é necessário falar com o cliente para tirar uma dúvida, fale.

Não seja um cagador de regras. Produza, crie, atenda, organize, ppteie.

Imponha suas prioridades através do trabalho, elas vão surgir. Quem te paga vai entender que seu tempo é melhor utilizado quando ao invés de suprir as carências de outros departamentos você está sendo planner.

Se você não dá porrada e não xinga o cliente para que ele entenda o job, por que vai fazer isso com seus parceiros para que eles entendam seu trabalho?

Não precisa ser o Gandhi da agência, mas também não precisa ser um taliban.

Seja radical na hora de propor coisas novas para o seu cliente, na hora de defender uma idéia consistente. Se você reclama de tudo, sua contundência nessa hora vira só mais um chiliquinho.

Se você nasceu planner, siga seus gurus preferidos, mas dê uma olhadinha nos gurus dos outros.

Os gurus de planejamento que hoje pregam esse radicalismo conquistaram sua credibilidade ao longo de anos engolindo sapos e mostrando que no final estavam certos.

Leva tempo, assim como construir uma marca forte. Construa a sua marca como planner da mesma forma. Planeje. Não seja tático com a sua carreira, seja estratégico.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Oi na Bienal


Fui a 29a bienal de artes de São Paulo sem grandes expectativas. Gostei do que vi e recomendo como um bom passeio de final de semana. O que eu não sabia e fiquei sabendo lá foi da ação da OI. Simples e eficiente, super dentro do contexto e nada invasiva.

A OI montou um portal de voz com conteúdo de 90 artistas para a Bienal. Ao ligar você poderia ouvir informações extra da obra que estava vendo. O serviço é divulgado abaixo de todos os descritivos das obras.

Fui impactado e cheguei a usar o serviço. A informação que ouvi da obra ainda é daquele tipo chato de texto de curador, mas o serviço é interessante. Procurando informações para escrever esse post, fiquei sabendo que além desse serviço, você podia baixar um aplicativo para iPhone.

A Bienal acontece até dia 12 de dezembro. Tem tempo ainda para conferir.

Desconheço ainda no Brasil uma ação de marca realcionada a arte forte e impactante, mas precebo um progresso bacana com essa atitude da OI. Vocês lembram de mais alguma?

Ao escrever esse post me deparei com a seguinte ação de uma marca em outra Bienal. Na 22ª Bienal Internacional de Design na Bélgica quem é fã do jogo Pinball iria amar o stand que a marca belga Modular Lighting Instruments, especializada em sistemas e acessórios de iluminação com LED montou para divulgar seus produtos.

Uma experiência com a marca diferente, onde os visitantes puderam descobrir exatamente qual é a sensação de estar no interior de uma máquina.

Via @zupi

Abs, Filipe Alberto

A Primeira Vez da Coca-Cola

Em 1887, o bookkeeper, algo como o contador, de John Pemberton, inventor da Coca-Cola distribuiu alguns cupons oferecendo “doses” grátis do produto.

Pemberton achou a idéia muito extravagante.

Em 1888, quando a empresa foi comprada pela ASA Griggs Cander, a idéia foi retomada e a empresa enviou por correio, milhares de cupons.

Parece que deu certo. O primeiro sampling, a primeira mala-direta e para o mercado americano o primeiro, dos hoje idolatrados, cupons.

A matéria está na Wired deste mês.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Nestlé Motta Maxibon - Por Augusto Veríssimo

Boas idéias para posts não vem dessas 5 pessoas que fazem esse blog. O Augusto Veríssimo, leitor do blog, contribuiu com a gente criando um post sobre um case ainda pouco conhecido, que mostra uma campanha de promoção integrada à diversos meios, com a internet como maestro de toda a mecânica e ação.

"A cada palestra, aula, workshop e principalmente cases de campanhas de sucesso que assistimos aprendemos a lição: a internet revolucionou a vida das pessoas.
Plataforma, meio e mensagem, ela tem o poder de potencializar qualquer campanha. Ao longo dos anos, notamos que ela deixou de ser um pilar de comunicação para permear os mais diversos meios, além de intervir diretamente no comportamento das pessoas, gerando interação e engajamento.

Para o BTL, trata-se de uma enorme possibilidade de criar projetos integrados, com desdobramentos em diversos meios, além intensificar o envolvimento e principalmente o retorno para a marca.



No vídeo-case acima, para os sorvetes Nestlé da Itália, um bom exemplo de projeto de promoção integrado a diversos meios, que só foi possível graças à participação e o envolvimento popular através da internet.

O resultado é a geração de empatia com a marca, retorno em mídia espontânea, marketing de experiência, alavancagem de vendas etc., além de agência e cliente sorrindo de orelha a orelha com os bons resultados.

Enjoy!
Augusto Veríssimo"

Se quer contribuir com o Promo Planners, mande sua sugestão para promoplanners@gmail.com

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PromoPlanners quer saber - 2010 - RESULTADOS

Durante essas duas últimas semanas, perguntamos a vocês leitores do blog quais eram as agências que vocês gostariam de trabalhar e quem eram os profissionais que vocês mais adimiravam em nosso mercado.

Apesar de não ter valor de pesquisa, podemos ver algumas mudanças em relação ao ano passado:

2009


2010








A Bullet, em nossa enquete, mais uma vez foi a agência preferida de vocês leitores. Porém, diferentemente do ano passado, a vitória não foi tão esmagadora.

Os principais motivos para escolherem a Bullet foram:

"Qualidade criativa" (trabalha em empresa, homem, 26 a 30 anos)

"Pelas ações inovadoras que faz" (trabalha em agência, mulher, 26 a 30 anos)

"Estratégia e criatividade estão presentes no DNA da empresa e nos resultados proporcionados aos clientes." (trabalha em empresa, homem, 26 a 30 anos)


Esse ano fizemos uma pergunta que não existiu na pesquisa do ano passado. Será que assim como na propaganda, existem ícones em nosso mercado?



Os principais motivos para escolherem o Aldo Pini foram:

"Por ter carisma, uma ótima cabeça e não ter medo de fazer na prática" (trabalha em empresa, mulher, 26 a 30 anos)

"Um excelente profissional, fora da média e que inspira as pessoas a seu redor." (trabalha em agência, homem, 26 a 30 anos)

"Nunca trabalhei com ele, mas ouço falarem MUITÍSSIMO bem do trabalho e da pessoa há tempos. Admiro a forma como ele conseguiu levar o olhar estratégico do ATL para dentro do BTL, valorizando o departamento em uma agência até então sem cultura de planejamento." (trabalho em agência, mulher, 26 a 30 anos)

Apesar da grande quantidade de votos para o Aldo e o Neto, vemos que uma grande parcela das pessoas não soube responder. Isso pode significar uma oportunidade a ser explorada pelos profissionais que conseguirem a atenção e inspiração daqueles que estão no mercado seja em empresa ou agência.

E aí? gostaram da pesquisa? Comentem!

UPDATE1: Abaixo, segue o gráfico das agências, com todas as agências citadas, segundo a sugestão do Felipe nos comentários.